25 de abril de 2024
Campo Grande 28ºC

Estação mais quente do ano começa com grande incidência de vírus Zika

A- A+

Verão tem início oficialmente nesta segunda-feira (21). Com a estação mais quente do ano, que vem precedida de chuva, aumentam as chances de incidência do mosquito Aedes Aegypti. Segundo coordenadora do Comitê de Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nacy Bellei, o controle de focos do mosquito será imprescindível durante esse período.

Conforme Ministério da Saúde, o país terá circulação de pelo menos três tipos de vírus transmitidos pelo mosquito: dengue, febre chikungunya e Zika, doenças com sintomas parecidos, sem tratamento específico e com consequências diferentes. Até abril de 2015, não havia casos de Zica registrados em território nacional.

De acordo com ministério, entre janeiro e novembro de 201, foram notificados 1.566.510 casos de dengue no país. Neste período, o Sudeste registrou o maior número de casos (989.092 casos; 63,1% do total), seguido pelo Nordeste (287.491 casos; 18,4%), Centro-Oeste (206.493 casos; 13,2%), Sul (52.455 casos; 3,3%) e Norte (30.979 casos; 2%). Foram confirmados 828 óbitos por dengue, o que representa um aumento de 79% em comparação com o mesmo período de 2014, quando 463 pessoas morreram de dengue.

Já os casos autóctones de febre chikungunya notificados em 2015 totalizaram 17.765. Destes, 6.784 foram confirmados, sendo 429 por critério laboratorial e 6.355 por critério clínico-epidemiológico. Os demais 9.055 continuam sob investigação. Uma vez caracterizada a transmissão sustentada da doença em uma determinada área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, a orientação do ministério é que os demais casos sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico.

O último boletim do governo sobre vírus Zika indica que, até o dia 12 de dezembro, foram notificados 2.401 casos de microcefalia (quadro relacionado à infecção por Zika em gestantes) em 549 municípios de 20 unidades da federação. Desses, 134 tiveram a relação com o vírus confirmada, 102 foram descartados (não têm relação com o Zika) e 2.165 estão sob investigação.

O balanço mostra ainda que 29 óbitos por microcefalia foram notificados desde o início do ano: um no Ceará, que teve a relação com o Zika confirmada; dois no Rio de Janeiro, onde foi descartada a relação com o Zika; e 26 estão sendo investigados.