25 de abril de 2024
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Juiz estende pena de escritor que violou 29 túmulos de meninas e usou ossadas em bonecas

O caso foi descoberto em 2011, a polícia russa encontrou dentro do apartamento do suspeito, na cidade de Nizhny Novgorod, as "bonecas" feitas com a ossada das meninas

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O historiador Anatoly Moskvin, de 53 anos, foi condenado em 2011 a 5 anos de prisão após violar túmulos de 29 meninas, roubando os cadáveres das crianças e usando a ossada para confecção de "bonecas". O russo teve, na época, a sentença alterada ao ser diagnosticado com esquizofrenia e foi internado em um hospital psiquiátrico.

No final do mês de outubro de 2020, o réu passou por uma nova audiência, na qual apelou para deixar o hospital, mas não quis pedir desculpas às famílias das vítimas, que em sua grande maioria eram túmulos de meninas. O juiz então renovou a internação por mais seis meses.

Moskvin disse em audiência que queria ganhar liberdade para ver sua nova namorada e cuidar da mãe idosa.

"Não há pais, na minha opinião. Eu não conheço nenhum deles", disse o russo em resposta a solicitação de que pedisse desculpas.

O caso foi descoberto em 2011, a polícia russa encontrou dentro do apartamento do suspeito, na cidade de Nizhny Novgorod, as "bonecas" feitas com a ossada das meninas. Além de fotografias e placas de lápides, manuais de fabricação de bonecas e mapas de cemitérios locais. Moskvin vivia no apartamento com a mãe, mas ela disse nunca ter suspeitado das atividades macabras do filho.

 Um site chamado Criminal Chronicle foi o primeiro a noticiar o fato, no dia 03 de novembro de 2011. Com a notícia de conhecimento público, uma mulher chamada Natalia Chardymova contatou a polícia, alegando que uma das bonecas registradas em imagens se tratava de sua filha Olga, que havia morrido no ano anterior aos 10 anos de idade. 

Boneca feita com o cadáver da garotinha Olga

Os policiais informaram que Moskvin era um historiador especializado em estudos celtas, autor de vários livros e artigos publicados. Ele já foi professor universitário na Universidade Linguística de Nizhny Novgorod e conhecia um total de 13 línguas.

Anatoly ainda teve quatro pedidos de liberdade negados além de sucessivas prorrogações de tratamento. Para Vladimir Stravinskas, chefe do Comitê de Investigação da Federação Russa da região de Nizhny Novgorod, o caso das bonecas de Anatoly pode ser considerado excepcional e inigualável do ponto de vista da análise forense moderna.