26 de julho de 2024
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SAÚDE

Capital registra 90 mortes por síndrome respiratória

Número é menor que o registrado no mesmo período de 2023, mas ainda preocupa

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Campo Grande alcançou um total de 90 óbitos por síndromes respiratórias graves nesta terça-feira, 14 de maio. Embora ainda seja um número preocupante, é consideravelmente menor em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando, até a semana 20, a cidade lamentou 151 mortes pela mesma causa.

Segundo os dados divulgados pela Secretaria de Saúde de Campo Grande (Sesau), do total de 90 óbitos, três foram de crianças com idade entre zero e 9 anos, enquanto 53 foram de pessoas com mais de 60 anos. No grupo intermediário, ocorreram 14 mortes entre pessoas de 40 a 49 anos e 10 entre pessoas de 50 a 59 anos.

No ano anterior, no mesmo intervalo de tempo, foram registradas 18 mortes de crianças de zero a 9 anos, e os idosos com mais de 60 anos totalizaram 107 óbitos por síndromes respiratórias.

Este ano, a evolução dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) difere do padrão observado em 2023. Enquanto no ano anterior a crise teve início em março, atingindo o pico na semana 13 e depois diminuindo, em 2024 os dados indicam um aumento contínuo, com a semana 18 destacando-se como a de maior incidência até o momento.

No período entre as semanas 1 e 20 deste ano, Campo Grande registrou 1.292 casos de SRAG, em comparação com os 1.571 casos do mesmo período do ano anterior.

Em resposta a essa situação, a prefeitura de Campo Grande decretou estado de emergência em saúde em 1º de maio, devido ao aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave. Com as unidades de saúde operando com alta capacidade, a Sesau está em processo de negociação para abrir novos leitos, principalmente pediátricos.

Conforme observado pela secretária de Saúde, Rosana Leite, houve um aumento na ocupação dos leitos nas unidades de saúde da prefeitura e na rede contratualizada de urgência e emergência, devido ao aumento dos casos de SRAG na capital. Apesar de menos grave em comparação com o ano anterior, há um aumento nas internações de crianças e uma extensão do tempo de internação.

Para lidar com o aumento dos casos de síndromes respiratórias em Campo Grande, a Sesau optou por suspender a concessão de licenças de interesse particular para os servidores da saúde durante a vigência do decreto de emergência. A resolução 808, que entrou em vigor na segunda-feira (13), considera a situação de emergência em saúde, especialmente nas áreas de urgência e emergência, enfermarias e Unidades de Terapia Intensiva neonatais e pediátricas.