26 de julho de 2024
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Professores denunciam "falhas" no processo eleitoral da ACP

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Os professores da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação) aguardam do lado de fora da sede do prédio a decisão da justiça sobre o recurso impetrado pelo sindicato para suspender a decisão liminar que cancelou a eleição que aconteceria hoje para escolha de nova diretoria da ACP.

Rosana Machado, candidata pela Chapa 2, lamenta a decisão pelo transtorno que causou aos professores, em especial aos que tiveram de sair das salas de aula para votar, mas explica que de fato alguns problemas aconteceram.

Segundo Rosana, Geraldo enviou cartas aos professores antes mesmo do início do período eleitoral pedindo votos. Conforme ela, isso foi feito com recursos do sindicato. Outro problema foi a demora na entrega da lista com nomes e contatos dos associados, que os candidatos usariam par enviar suas propostas de campanha. "Eles demoraram muito para enviar a lista dos associados para as chapas concorrentes e também registraram a chapa 3 como se fosse uma só sem respeitar a divisão entre executiva e fiscal", explica Rosana.

A reportagem tentou conversar com o professor Alvaro Roberto benedito Ferreira, candidato da Chapa 3 que entrou com ação pedindo suspensão da eleição, mas ele não está neste momento na ACP, no entanto cerca de 20 minutos depois foi feito contato por telefone. Segundo Alvaro, no dia 21 de outubro ele solicitou a lista com nomes dos associados e registrou a chapa dele no dai 29, último dia. No entanto, só recebeu a lista no da cinco de novembro e conforme o estatuto a listagem deveria ser liberada imediatamente a partir do dia 16 de outubro início do processo eleitoral.

Alvaro conta que conversou com Geraldo, encaminhou ofícios solicitando ata de registros das chapas, mas não foi atendido."Tentei resolver na ACP, mas não consegui, por isso entrei na justiça." Segundo Alvaro, cada chapa deveria receber o número de acordo com ordem de registro. Ele registrou uma chapa fiscal, por ser contra membros do conselho fiscal serem da mesma chapa que a diretoria executiva. No entanto, uma chapa para diretoria executiva foi registrada depois dele e recebeu o mesmo número, três. "O conselho fiscal não pode ser do mesmo grupo que a diretoria executiva. Como você vai fiscalizar seu chefe? Membros de seu grupo?", questiona.

Outra irregularidade denunciada por Alvaro foi o número de membros indicados por Geraldo para compor a comissão eleitoral. Segundo Alvaro, o artigo 42 do estatuto da ACP prevê que o presidente pode indicar apenas um representante para comissão, e de acordo com Alvaro, Geraldo indicou três. Geraldo, no entanto, explicou que enviou cartas no dia 18 de outubro, dois dias depois do início do processo eleitoral. Segundo Geraldo a carta era para informar aos associados de que ele não seria mais candidato. O candidato pelo chapa 1 é professor Lucilho. O processo eleitoral da ACP ocorre a cada três anos.

* Matéria editada às 10h47 para acréscimo de informações 

Heloísa Lazarini e Leide Laura Meneses