19 de abril de 2024
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Professores fazem assembleia amanhã para discutir pagamento de reajuste de 1% ao mês

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O ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação) se reuniu sábado  com o prefeito Gilmar Olarte (PP) e também com a comissão de vereadores, formada para resolver o impasse entre os professores da rede municipal e a prefeitura, para uma nova tentativa de acordo, porém muitos saíram de lá descontentes. Segundo o prefeito a proposta foi de ter o reajuste fracionado, recebendo 1% ao mês, a partir de novembro, até atingir os 8,46% do acordo. Hoje à tarde deve ser encaminha a ACP a proposta formal, por escrito para que os professores deliberem em assembleia, na próxima segunda-feira se vão ou não aceitar a proposta. O prefeito ainda diz que a proposta foi bem recebida, porém alguns diretores da ACP e os vereadores Paulo Pedro (PDT) e Thaís Helena (PT) parecem não ter saído da reunião satisfeitos. “Se mostraram dispostos a aceitar e disseram que vão levar a proposta segunda-feira para assembleia”, conta o prefeito Gilmar Olarte (PP). “O problema é que o prefeito fala que não tem recursos, mas até o momento não mostrou nenhuma contenção de gastos. Ele tem que abrir a caixa preta e mostrar onde estão esses comissionados, quanto eles estão ganhando, para a gente levar uma posição plausível para os professores. Falar que não tem dinheiro é falácia, Campo Grande é uma cidade superavitária, os recursos é que estão sendo mal geridos”, explicou o vereador Paulo Pedra. A vereadora Thaís Helena lamenta a situação que chegou esse assunto e que é um equivoco a maneira que foi conduzida a negociação por parte do prefeito. “Chegamos a esse ponto por falta de diálogo com o poder executivo e ontem ele piorou a situação porque não compareceu a reunião que estava marcada e deixou os professores e a comissão de vereadores esperando e ele foi para a televisão falar mal dos professores e da Câmara de Vereadores”, pontuou a vereadora. O presidente da ACP, Geraldo Gonçalves disse que só vai dizer a posição dos professores depois de realizada a assembleia, que deve acontecer na segunda-feira e enquanto isso a greve continua. O presidente  não gostou da proposta apresentada ontem pelo prefeito na Câmara Municipal, onde fracionava o reajuste em duas parcelas, mas tinha um dispositivo que só pagaria o valor se houvesse receita. “Se ele não retirar o projeto que apresentou ontem, nem vamos negociar”, afirma Geraldo. Já o presidente da Câmara de Vereadores Mário Cesar (PMDB) diz que independentemente do que o prefeito vai fazer em relação a proposta apresentada na Casa de Leis, eles não iriam aprovar. “Nós pedimos para ele retirar o projeto”, afirmando que é um consenso da câmara em não colocar a proposta em discussão. Estavam presentes na reunião Paulo Pedra (PDT), Herculano Borges (SD), Eduardo Romero (PTdoB), Mario Cesar (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Araujo (PT), Alceu Bueno (PSL), Thais Helena (PT), Carla Stephanini (PMDB). Leide Laura Meneses