26 de julho de 2024
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Professores rejeitam proposta de Olarte e cogitam entrar na justiça para garantir pagamento

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Os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) rejeitaram por unanimidade a proposta do prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP) de pagar parceladamente o reajuste salarial de 8,46% que deveria ter sido pago em outubro deste ano.

Segundo presidente da ACP (Sindicato dos Profissionais da Educação de Campo Grande), com a paralisação 66% das escolas da Reme, incluindo Ceinfs (Centro de Educação Infantil), ficarão sem funcionar por tempo indeterminado. Geraldo explicou que um ofício deve ser enviado ao prefeito as próximas horas para comunicá-lo oficialmente sobre a decisão da categoria. "Vamos comunicar o prefeito e chamá-lo para uma reunião para tentar resolver essa questão."

Geraldo segue neste momento para a rede SBT onde irá conceder entrevista ao programa "Povo na TV", o mesmo ao qual Olarte concedeu entrevista na última sexta-feira e negou crise com professores. Segundo Geraldo, a partir das 14h, os professores retornam para ACP para discutir desdobramentos da greve e a possibilidade de mover uma ação civil pública contra o município caso Olarte insista em não pagar o reajuste salarial dos professores.

De acordo com o Geraldo, ao todo são 53 escolas da Reme com atividades totalmente paralisadas, o que representa 56% do total de unidade, mais cinco escolas com paralisação parcial, ou seja, em apenas um turno, o que representa 5% das escolas municipais, e quatro Ceinfs completamente paralisados, o que representa 5% do total de unidades. Somados, o percentual de escolas com atividades paralisadas integralmente e parcialmente é de 66%.

A situação do prefeito se agrava uma vez que a empresa Águas Guariroba, concessionária que explora recurso hídrico do município, se recusou a antecipar a outorga de R$ 30 milhões.

Heloísa Lazarini e Leide Laura Meneses