26 de julho de 2024
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Sob pressão da justiça e de Olarte, professores desistem da greve e aulas voltam amanhã

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Depois de idas e vindas e negociações frustradas com prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP) e de batalhas judiciais, os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) desistiram da greve, que hoje completa 12 dias, e decidiram retomar as aula a partir de amanhã.

Hoje, a assembleia geral já dava sinais de que o movimento havia enfraquecido. Com pouco mais de 200 professores, o salão da ACP (Sindicato dos Profissionais da Educação) estava vazio perto da lotação dos últimos dias.

Ontem, os professores receberam ordem judicial para que pelo menos 80% da categoria retomasse as atividades em sala de aula. A ordem foi para atender a solicitação do prefeito, que preferiu recorrer à justiça sob alegação de defender o direito dos alunos de frequenta aulas ao invés de negociar com a categoria.

A justiça por sua vez cumpriu seu papel de garantir o direito de acesso à educação e acatou o argumento de que se fosse mantida, a greve, que é constitucionalmente legal, não teria fim uma vez que o município está com "caixa vazio", segundo prefeito. A decisão da justiça causou impacto profundo e imediato no movimento. Hoje, havia apenas 15% das escolas da Reme sem atividades e 2% dos Ceinfs (Centro de educação Infantil) estavam parados.

Com fim da greve, ganham os alunos e pais, com certeza, mas quem ganha mais ainda é o prefeito que como ele mesmo disse em vídeo gravado no sábado, deu um contragolpe de judô na Câmara de Vereadores e nos professores que lutaram pelo direito de receber a última parcela do reajuste de 8,46% aprovado pela lei municipal n~5.189/2013, que prevê a integralização do piso municipal ao nacional por carga horária de 20 horas.

Conforme decisão da categoria em assembleia geral, a certeza é de que as aulas retornam normalmente amanha, e a dúvida é quando os professores receberão o reajusta ao qual têm direito.

Heloísa Lazarini e Leide Laura Meneses