26 de abril de 2024
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Vereadoras apoiam greve dos professores na Capital

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As vereadoras da Câmara Municipal de Campo Grande Grazielle Machado (PR) e Thais Helena (PT) afirmaram para a reportagem do MS Notícias na tarde de hoje, que apoiam a grave dos professores em Campo Grande, pois uma lei já foi aprovada e sancionada pela Casa de Leis e segundo elas, tem que ser cumpridas.

Para Grazielle Machado a decisão é prejudicial ao andamento do ano letivo dos estudantes, mas respeita a decisão da categoria que segundo a vereadora está lutando por seus direitos.

“Eu respeito e apoio a decisão da categoria, mas lamento que isso venha acarretar prejuízos para os alunos. o prefeito Gilmar Olarte (PP) não deveria deixar chegar nesta situação drástica”, afirma Grazielle.

Questionada pela reportagem se essa seria a única forma dos professores pressionarem ainda mais o prefeito Gilmar Olarte, a vereadora Grazielle Machado afirma que a sensatez do caso deveria vir da prefeitura.

“Quando chega a essa decisão drástica dos professores entrarem em greve é porque já foi feito todos os diálogos. Os professores não estão pedindo o que não é direito e sim o que é de direito. É uma forma deles mostrarem o descontentamento. Infelizmente quem paga por isso são os alunos”, afirma.

Já Thais Helena lamenta a atitude do prefeito Gilmar Olarte por deixar os professores e a ACP (Associação Campo-Grandense dos Professores) tomar esta atitude extrema pela falta de cumprimento da lei que vem sendo debatida a anos em Campo Grande.

A vereadora diz não acreditar quando o prefeito afirma que não tem recursos no momento para cumprir a lei, pois não vê articulações por parte de Gilmar Olarte para resolver a situação financeira da prefeitura.

“Mas a prefeitura continua com 12 milhões de comissionados por mês. Continua com 18 milhões de professores convocados por mês. E vemos pelo Diogrande que as despesas do município só aumenta e não vemos a ampliação da receita. Não vemos por parte da prefeitura atitudes para sanar essas questões financeiras. Então a categoria dos professores não podem ficar no prejuízo. Eu concordo que os professores precisam ser atendidos nesta lei que já foi aprovada e sancionada pela Casa de Leis e agora tem que ser cumprida”, desabafa.

De acordo com a vereadora, o reajuste que os professores estão pedindo custaria em torno de R$ 3 milhões por mês para o município. “Se ele cortar comissionados e convocados já seria uma primeira medida para conseguir cumprir o aumento dos professores que é uma prioridade”.

Questionada se essa seria a única opção da classe para pressionar ainda mais o prefeito, Thais Helena afirma que diálogos já foram feitos com prefeitos e secretários, mas de nada adiantou.

“Já tem um tempo que está no dialogo. E não tem respostas e nem data do executivo para efetuar o pagamento. Infelizmente chegou na última medida que eles tem para tomar e fazer com que o executivo fale a data que irá começar a cumprir com a lei aprovada. Eu sou favorável ao piso dos professores, conseguimos essa conquista e não podemos retroceder”, finaliza.

Karla Machado