Uma pesquisa do Datafolha divulgada na 6ª.feira (29.mar.27), revelou que 55% dos brasileiros acreditam que Jair Bolsonaro (PL), tentou permanecer na Presidência através de um golpe de estado. Outros 39% discordam. O restante, equivalente a 7%, não soube opinar.
O estudo entrevistou 2.002 pessoas em 147 cidades brasileiras, entre os dias 19 e 20 de março de 2024. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Bolsonaro está sob investigação da Polícia Federal por suspeitas de uma suposta tentativa de golpe, com alegações de que ele e seus aliados buscaram invalidar o resultado das eleições de 2022 antes mesmo de sua realização.
Uma das linhas de investigação da PF sugere que Bolsonaro e seus aliados teriam tentado implementar essa ação através de um decreto de Estado de Sítio e de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O ex-presidente nega todas as acusações, alegando que é alvo de perseguição política. Durante um evento em São Paulo, ele refutou as acusações de golpe, afirmando que nenhum dos procedimentos usuais para a adoção de um estado de sítio foi seguido. Ele enfatizou que tal decisão caberia ao Parlamento, não ao presidente. A fala de Bolsonaro, porém, é enganosa. Em um golpe de estado se dissolve o parlamento.
Um golpe de Estado ocorre quando um grupo político utiliza métodos de coação, chantagem, pressão ou violência para derrubar um governo legitimamente constituído. Os insurgentes podem cercar ou invadir a sede do governo, que pode incluir o palácio presidencial, o edifício dos ministérios ou o parlamento. A história mostra que o episódio ocorrido em 8 de janeiro de 2023, quando bolsonaristas invadiram e tentaram tomar a sede dos Três Poderes em Brasília, foi um ato preparatório para um golpe de estado, o qual, entretanto, foi contido pelo judiciário brasileiro.
A mesma pesquisa do Datafolha também mostra que 63% dos brasileiros são contra anistiar responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro. 31% são a favor da anistia. 2% são indiferentes e 4% não sabem.