Lula (PT) selou as pazes com a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede). O petista revelou em suas redes sociais no domingo (11.set.22), o encontro entre os dois e o apoio da ambientalista ao ex-presidente. Eles colocaram fim a uma briga de uma década para combater as políticas de destruição do meio ambiente do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Hoje, a meu convite, depois de muitos anos, reencontrei com @MarinaSilva. Relembramos da nossa história, desde quando nos conhecemos. Conversamos por duas horas e ela me apresentou propostas para um Brasil mais sustentável, mais justo e que volte a proteger o meio ambiente. pic.twitter.com/lPEas0pmjZ
— Lula 13 (@LulaOficial) September 11, 2022
Marina estava resistente em somar com o PT, entretanto, nesta segunda-feira (12.set.22) deve anunciar o compromisso com a campanha de Lula. Com a formalização do acordo, a expectativa da Rede — partido fundado por Marina — é aumentar o número de parlamentares no Congresso com "puxadores de voto".
Nacionalmente, a integração da Rede à coligação em torno de Lula foi iniciativa do senador Randolfe Rodrigues (Rede), um dos coordenadores da campanha do petista.
A entrevista de Lula e Marina à imprensa será às 11 horas desta segunda, em São Paulo. Às 20 horas, o ex-presidente será sabatinado na CNN Brasil.
Interessa a Marina a política de desenvolvimento sustentável que está no plano de governo Lula. As propostas incluem tolerância zero ao garimpo, reformulação dos negócios na floresta, incentivo a indústrias mais compatíveis, como a farmacêutica ou de comércio e a criação do chamado "crédito verde" — incentivo fiscal a empresas que atendam a regras ambientais instituídas. O PT também prestigiou a Rede e o PSOL com a formação da política ambiental e de desenvolvimento sustentável no plano de governo.
Se soma também a compatibilidade de desejos em reparar danos ambientais provocados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Marina assumiu o Ministério do Meio Ambiente em 2003, no primeiro mandato de Lula, e se manteve no cargo até 2008, quando saiu e alegou que os temas de sua pasta não eram prioridade no governo petista. Ela assumiu então uma vaga no Senado e, em 2010, começou a concorrer à Presidência.