24 de abril de 2024
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FOSSO GOVERNISTA

CNI divulga pesquisa; 53% dos brasileiros desaprovam Bolsonaro

Família presidencial sofre com instabilidade e acusações envolvendo Flávio Bolsonaro; fato nem foi considerado na pesquisa

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou forte queda em pesquisa que será divulgada pelo Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria do Brasil (CNI). Em entrevista nessa manhã (20), após tentar defender seu filho, Flávio Bolsonaro, envolvido em acusações aportadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que aponta o filho mais velho do presidente, como pivô de esquema de ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, entre os anos de 2015 e 2018, quando ocupou na Casa o cargo de senador.

A popularidade de Bolsonaro segundo o Ibope, nem leva em conta a explosão do esquema, já que a pesquisa foi realizada antes, dos dias 5 a 8 desse mês, na ocasião o caso Flávio/e assessor – Fabrício Queiroz, não estava nas manchetes. 

Segundo o levantamento, 53% não aprovam a maneira de Bolsonaro governar (eram 40% em abril e 48% em junho e 50% em setembro). Aqueles que aprovam somam 41% (eram 51%, depois 46% e 44% nas pesquisas anteriores). O total de 6% não quis responder.

Caiu também a confiança em Bolsonaro, mas marginalmente, dentro da margem de erro. Os que disseram "confiar" no presidente foram 41% dos entrevistados. Em abril, esse percentual era de 51% (caiu para 46% em junho e para 42% em setembro). Por outro lado, 56% disseram "não confiar" em Bolsonaro (eram 45% em abril e 51% em junho e 55% em setembro).

Hoje, apenas 29% avalia positivamente o governo Bolsonaro. O número nesse quesito decresce desde as primeiras polêmicas envolvendo o nome da família, e ganhou força após o impedimento das investigações envolvendo Flávio, que posteriormente foi revogado pela Justiça.  Quem avalia positivamente o governo (ótimo ou bom), já foi 35% em abril, caiu para 32% e 31% em junho e em setembro, respectivamente.

A avaliação negativa (ruim e péssimo), subiu gradativamente, de 27% em abril para 32% em junho, em setembro chegou a 34% e agora alcançou 38%, segundo a pesquisa. 

O fator que mantém o governo ainda com apoio popular é quem não avalia nem ruim e nem, isso é, regular, são 31% (eram 31% em abril e os mesmos 32% em junho e em setembro. Os que não sabem ou não quiseram responder somaram 3%.

A pesquisa em questão, se colocada em comparação com outra feita pela CNI com empresários, chamada de Sondagem Especial, revela que é grande o fosso de como a população em geral e eles enxergam o governo. Neste levantamento, 65% dos entrevistados disseram confiar no presidente Bolsonaro e 64% disseram aprovar sua maneira de governar.

A CNI/Ibope ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios, entre 5 e 8 de dezembro. A Sondagem Especial, por sua vez, entrevistou 1.914 empresários de todo país entre os dias 2 e 10 deste mês. Em ambas, a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e, a confiança, de 95%.