Enquanto a população dos 79 municípios vivia os desafios de uma campanha eleitoral sob os efeitos restritivos da pandemia, o Estado mantinha a mesma dinâmica instalada em janeiro de 2015, o primeiro mês destes quase seis anos de mandatos do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Cercado pela crise econômica mundial, que gerou reflexos devastadores nas economias estaduais e municipais, Mato Grosso do Sul precisou de soluções rápidas e precisas para não naufragar, desafio submetido por Azambuja ao seu núcleo de inteligência, instalado na Secretaria de Governo e Gestão Estratégica (Segov), sob o comando de Eduardo Riedel.
Os resultados não poderiam ser melhores, nem mais eloquentes, produzindo efeitos diretos na gestão do Estado e, em consequência, nas responsabilidades políticas dos agentes e partidos da composição governamental. Um retrato indiscutível dessas duas realidades, a administrativa e a política, pôde ser visto na segunda-feira, 16. Um dia após a eleição, as fontes oficiais e meios de comunicação publicaram o relatório da Junta Comercial sobre a abertura de novas empresas e os resultados do pleito. Em ambos, com demonstrações de estratégias vigorosas e sólidas.
De um lado, a Jucems revela que na série histórica iniciada no ano 2000, Mato Grosso do Sul bateu um recorde neste exercício, com a abertura de 6.681 novos estabelecimentos entre janeiro e outubro. Um marco extremamente importante e diferenciado: 9,5% a mais que o registrado em igual período no ano passado e maior que os exercícios inteiros de 2015 a 2018. O Estado é ainda presença contínua entre os maiores geradores de empregos com carteira assinada, atração de investimentos, transparência e políticas públicas de segurança, saúde, educação e investimentos em infraestrutura.
De outro lado, o das urnas, o PSDB e seus aliados ampliaram sua hegemonia, conquistando a maioria das prefeituras e composições de Câmaras de Vereadores. Só os tucanos fizeram 38 prefeitos. Além disso, é necessário observar que muitas dessas vitórias só foram obtidas após um bem elaborado trabalho de articulação para solucionar conflitos e construir alianças. E aí entram as mãos serenas e inteligentes de Riedel, fortalecidas por Azambuja, que viu no seu principal pensador de gestão governamental também um estrategista político.
CAMPO GRANDE
Entre as construções pontuais que assinalaram esse processo está a de maior visibilidade, a de Campo Grande. A reeleição tranquila e maiúscula do prefeito pessedista Marquinhos Trad foi pensada e preparada a partir do momento em que o conjunto orgânico do PSDB decidiu acompanhar uma vontade pessoal do governador. Riedel operou decisivamente para que o entendimento não produzisse fissuras, sabendo que um setor do partido queria insistir na candidatura própria.
A produtiva parceria administrativa Estado-Município, que passou também pelo ambiente da Segov, ganhou sua versão eleitoral com a coligação que recebeu esmagador apoio popular para garantir mais quatro anos ao candidato do PSD. Há quem diga que a vitória de Marquinhos teria evitado um revés inconveniente aos tucanos, caso entrasse na disputa em voo-solo.É provável que essa hipótese não tenha passado desapercebida de Eduardo Riedel e do assessor político do governador, Sérgio de Paula, presidente regional do PSDB.
MARACAJU
Outra das notas de destaque na coleção de êxitos eleitorais do governo e do PSDB aconteceu em Maracaju. Lá, era indiscutível que havia um grande favorito: o candidato emedebista Lenílso Antunes Carvalho, lançado e apoiado pelo prefeito Maurílio Azambuja (MDB), um dos líderes em avaliação positiva nos municípios.
Para quebrar esse favoritismo, Riedel e de Paula foram à luta. Criaram um cenário de operações inteligentes e propositivas na campanha do candidato do PSDB, Marcos Calderan. E a ameixa do bolo também entrou em cena: o maracajuense Édio Antônio Rezende de Castro, outro nome do staff estratégico do governo. Conhecedor dos problemas e temperaturas políticas da cidade, Édio forneceu à campanha de Calderan as informações e soluções que abririam o caminho do triunfo nas urnas.
E assim foi em outros municípios, especialmente naqueles em que a população, em carinhosa e figurativa comparação, afirmam ter dois prefeitos, um deles o eleito, que está no exercício do mandato, e outro o governador Reinaldo Azambuja, pelo impacto dos investimentos estaduais em parceria com as prefeituras. Para ter uma ideia, em Aquidauana o favoritismo do prefeito reeleito Odilon Ribeiro (PSDB) foi reforçado com tanta amplitude e intensidade que sua vitória rendeu uma votação histórica e massacrante diferença sobre os adversários. Os méritos, além da atuação do gestor, estão creditados às obras do Estado - especialmente de pavimentação - e aos ajustes de gestão e parceria conduzidos por Riedel.
É com esse modelo de relação política e conceitos gerenciais estratégicos que avança o Estado e avança o Governo. A sua base motora é a inteligência, garantia que Mato Grosso do Sul tem, está definida nos papéis da Segov e confiada ao olhar e à credibilidade renovada de Eduardo Riedel.