25 de abril de 2024
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Delcídio pode se tornar vice de Nelsinho para manter apoio de PMDB a Dilma

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delcidio e nelsinho (vice)

O cenário das eleições de 2014 pode sofrer uma reviravolta em Mato Grosso do Sul. De acordo com o deputado federal Fábio Trad (PMDB), o diretório nacional peemedebista pleiteia, sim, junto ao PT (Partido dos Trabalhadores) a aliança entre os dois partidos no Estado como uma forma de acalmar os ânimos em âmbito nacional. No entanto, ao contrário do que tem sido exaustivamente divulgado, a ideia é compor uma aliança com o senador Delcídio do Amaral ocupando lugar de vice-governador ao lado do pré-candidato do PMDB, Nelson Trad Filho.

“A ideia é fazer o Delcídio (do Amaral, PT) sair vice do Nelson (Trad Filho, PMDB). O contrário não há possibilidade porque o PMDB dá condições de governabilidade para a presidente Dilma (Rousseff, PT). O partido pode fazer uma debandada na Câmara Federal. Essa é uma das questões, não uma imposição, que estão sendo discutidas para o partido não deixar o PT”, declarou.

Segundo Fábio Trad, a aliança seria uma compensação pelo racha entre os dois partidos com a pré-candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) que concorrerá com o atual governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que tenta se reeleger. “Muda totalmente o cenário porque houve um estremecimento da bancada do PMDB que está ocorrendo por causa do avanço do PT no governo. Como não cedeu no Rio de Janeiro, o PT deve ceder em Mato Grosso do Sul”. Outro ponto que abalou a relação entre os dois partidos foi a resistência da presidente Dilma Rousseff em ceder à pressão peemedebista e repassar o controle do ministério da Integração Nacional ao partido. Dilma até aceitou nomear um membro do PMDB para assumir o ministério, mas escolheu o senador Eunício Oliveira (CE) para ocupar o cargo, contrariando o partido que gostaria de indicar o nome, Eunício acabo reusando o pedido.

Questionado sobre a tradicional rivalidade entre os dois partidos no Estado, Fábio Trad deixou claro que esta não é a vontade dos peemedebista do Estado, mas declarou que o partido deve acatar as ordens nacionais. “Não seria muito bem-vinda porque no Estado tem uma diferença muito grande entre os dois partidos. O ideal é que os dois partidos lancem candidato, mas se vier a ordem do nacional tem que amadurecer a ideia. Provavelmente vamos aceitar”, explicou.

Ao contrário de Trad, que afirma que o partido deve aceitar a ordem nacional, o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) descarta totalmente esta possibilidade. Segundo ele, a coligação entre os partidos seria uma contradição com os compromissos firmados pela executiva estadual peemedebista até o momento. “Ficou decidido que teríamos candidatura própria e que estava afastado de pronto a coligação com PT”.

Diana Christie