Após o presidente Jair Bolsonaro fazer declaração polêmica: "Quando acaba a saliva tem que ter pólvora", na 3ª-feira (10.nov) em confronto a pressão que o novo governo americano deve lhe trazer em relação a proteção do meio ambiente, ao notar o poder daquilo que falou, o presidente ‘remendou’: "não precisa nem usar a pólvora, mas tem que saber que tem", disse. Porém já surtiram efeitos negativos aos brasileiros, que devem acabar pagando muito caro pelo gestor que tem.
Nesta 6ª-feira (13.nov.2020) a equipe de transição para o governo Joe Biden anunciou que deve publicar em breve um relatório que indique quais países estão alinhados com os compromissos determinados pelo Acordo de Paris e quais não estão. Brasil deverá ser o primeiro a integrar a categoria de ‘fora da lei climático'.
O país passa por dois anos seguidos de incêndios florestais recordes e o presidente Jair Bolsonaro será, com a saída de Donald Trump, o principal chefe de Estado negacionista dos problemas ambientais. De acordo com um dos especialistas ouvidos, EUA, China e Europa podem se juntar para pressionar comercialmente o Brasil a entrar na linha.
Até o momento Bolsonaro não acredita que perdeu seu principal líder 'Donald Trump', que segue trancado dentro da Casa Branca, insistindo que as eleições foram fraudadas, por ele ter pedido para o democrata Joe Biden. Apesar disso, também nesta 6ª-feira o Departamento de Segurança Nacional, criado logo após o Onze de Setembro para auxiliar o presidente, emitiu um comunicado ontem afirmando que a eleição americana deste ano foi a mais segura da história. “Não há sinais de que algum sistema tenha sido apagado, que tenha perdido votos, alterado votos ou tenha sido de alguma forma atacado”, diz o texto. Os especialistas em cibersegurança acompanharam o pleito pois, da última vez, houve tentativa de ataque hacker russo. (Axios)
Com isso, o governador Mike DeWine, de Ohio, onde Trump venceu este ano e no pleito anterior, reconheceu ontem a vitória eleitoral de Joe Biden. A China, que hesitava em se manifestar, congratulou ontem o futuro presidente. “Respeitamos a escolha do povo americano”, disse a porta-voz da chancelaria, Wang Wenbin.
Bolsonaro segue negacionista aos impactos futuros que a continua devastação do meio ambiente poderá causar a vida humana na terra. Ela também ainda não reconheceu a vitória de Biden, mesmo os EUA sendo um importante aliado. Em dias de fúria, que assiste as eleições municipais, e vê seu candidato em São Paulo (para prefeito) afundando, Bolsonaro disse nesta manhã que a coisa da 2ª onda da covid-19 é conversinha. Apesar de nove capitais brasileiras testemunharem um avanço de infecções por coronavírus.
Em pesquisa divulgada hoje pelo Poder Data outra preocupação para Bolsonaro a sua rejeição cresce, enquanto aprovação ao governo cai.
Enfraquecido, Bolsonaro causa desconforto internacional, e sua pólvora emprestada pelos brasileiros pode acabar sendo pouca para o cenário de 'batalha' apresentado.