26 de julho de 2024
Campo Grande 27ºC

INVESTIGAÇÃO

Inquérito contra Azambuja é arquivado por falta de provas

Filho do governador foi inocentado no mesmo inquérito

A- A+

Foi arquivado o inquérito 1.243, que apurava suposto roubo de R$ 300 mil oriundos de propina que seriam destinados ao corretor de gado José Ricardo Guitti Guímaro, conhecido como Polaco. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e seu filho foram ligados ao episódio, mas segundo a Justiça, não há provas contra eles.

Atendendo ao pedido do Ministério Público Federal (MPF), a ministra Maria Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou o arquivamento. “Não há qualquer tipo de prova de participação do governador e a relatora decidiu pelo arquivamento”, esclareceu o advogado Gustavo Passarelli. O processo correu sob sigilo.

Rodrigo Souza e Silva, filho do governador, já havia sido absolvido da mesma acusação. Na época, a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna destacou que as provas produzidas durante a instrução processual eram frágeis, os depoimentos recheados de contradições e que a história contada pelos acusadores era difícil de acreditar.

Conforme trecho publicado no diário do STJ, nesta terça-feira (30.ago.22), o despacho da ministra tem cinco páginas e foi disponibilizado na última sexta-feira (26.ago.22). “A conclusão é de que não há provas ou evidências de participação do Governador nos fatos”, garantiu o defensor.

“Não haverá recurso porque foi arquivado a pedido dó MPF”, esclareceu Passarelli. O mesmo ocorreu com Rodrigo, que acabou absolvido com base em parecer do Ministério Público Estadual.

A denúncia tentava ligar o nome do filho do governador a um esquema que resultou num suposto roubo contra Polaco, que ocorreu na BR-262, a caminho de Aquidauana.

A versão envolvendo Reinaldo e o filho no roubo foi apresentada por um dos acusados, que seria o chefe do grupo criminoso que promoveu o roubo. Todos os integrantes foram presos pelo Batalhão de Choque.

Desde o início das acusações, porém, o próprio MP demonstrou “ausência de convicção quanto à participação do réu Rodrigo na prática do roubo do veículo e da suposta quantia de dinheiro transportada pela vítima Ademir José Cafesta”.

A ministra Isabel Gallotti está com o processo concluso para ser pautado na Corte Especial desde o dia 13 de julho deste ano. 

O governador Reinaldo Azambuja e o filho Rodrigo Souza e Silva enfatizaram que nunca tiveram nenhuma participação nos fatos, que a denúncia era manifestamente fantasiosa e o andamento do processo comprovou que eles não tiveram nenhuma participação no suposto crime.