28 de março de 2024
Campo Grande 25ºC

COVID-19

Luciano Hang insiste em 'tratamento preventivo' sem eficácia: 'Eu estudo isso'

'Falei para os médicos: me deem tudo o que for possível. Quero tomar tudo', disse o empresário bolsonarista em live nas redes sociais

A- A+

O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e apoiador do presidente Jair Bolsonaro, fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quarta-feira (20), direto de um hospital da Prevent Sênior, onde está internado após testar positivo para a Covid-19.

Hang garantiu não ser ‘negacionista’, mas voltou a defender tratamentos ineficazes contra a doença.

“Eu acredito na vacina, mas também acredito no tratamento preventivo, no tratamento precoce. Prefiro pecar pelo excesso do que não fazer nada”, disse o empresário. “Falei para os médicos: me deem tudo o que for possível. Quero tomar tudo”.

Segundo ele, a primeira tomografia a que se submeteu já indicava comprometimento de parte dos pulmões. “Mas eu fui rápido: tomei remédio, tomei as coisas. Eu, como assintomático, só peguei porque estava dentro do hospital. Se eu não tivesse pego, talvez evoluísse pra 25, 50, 80 (% de comprometimento dos pulmões), aquela situação que a gente viu lá atrás do ‘fique em casa'”, acrescentou.

Hang, que disse que deixará o hospital ainda nesta quarta, também declarou que, desde o início do tratamento, vem “semanalmente tomando cloroquina, ivermectina, vitamina D, zinco e vitamina C”, para deixar o corpo “forte para receber o vírus”.

Ao comentar a situação dramática em Manaus, onde há escassez de oxigênio nos hospitais, o empresário bolsonarista afirmou que uma equipe de médicos da qual ele ‘faz parte’ foi ‘sabotada’ na capital amazonense. De acordo com ele, o “grande sucesso” de um suposto tratamento precoce seria um “coquetel de remédios”.

Apoiador declarado de Jair Bolsonaro, Luciano Hang se opôs diversas vezes à adoção de medidas de distanciamento social para conter a disseminação do novo coronavírus. Uma de suas mais recentes críticas foi feita em novembro, quando se intensificavam os sinais da segunda onda da doença no Brasil.