19 de abril de 2024
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Ministro rebate Cunha e diz que impeachment é “desespero de quem é confrontado”

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Após pronunciamento nesta quarta-feira (2), do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, (PMDB-RJ), sobre o processo de abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou por meio de publicação em sua página no Facebook, que Cunha, faz “chantagem” para manter seu mandato.

Cunha decidiu dar andamento ao requerimento formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. Eles alegam que Dilma descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal ao ter editado decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o aval do Congresso Nacional. “A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de deflagrar processo de impeachment contra Dilma revela o desespero de quem, confrontado com acusações de suspeitas de corrupção, está disposto a lançar mão de todo e qualquer meio, incluindo a chantagem e a violação das regras democráticas, para salvar seu mandato e satisfazer seus interesses”, postou Jaques Wagner.

Ameaça
Cunha é alvo de um processo de investigação no Conselho de Ética da Câmara acusado de ter mentido à CPI da Petrobras ao afirmar que não possui contas no exterior. Documentos enviados pelo Ministério Público suíço ao Brasil indicam que o parlamentar é o beneficiário de dinheiro movimentado em contas no país europeu.

O despacho do peemedebista autorizando a abertura do impeachment de Dilma ocorreu no mesmo dia em que a bancada do PT na Câmara anunciou que vai votar pela continuidade do processo de cassação de Cunha no Conselho de Ética. Ao longo do dia, Cunha consultou aliados sobre a possibilidade de abrir o processo de afastamento da presidente da República.