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08 de outubro de 2024
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PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO

Nelson Cintra é alvo do MP após gastos com R$ 10 mil em diárias

Procedimento investiga denúncias de uso indevido de recursos públicos para despesas pessoais

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O Ministério Público Estadual (MP-MS) instaurou um Procedimento Preparatório para apurar possíveis irregularidades no recebimento de diárias pelo Prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro.

O inquérito, que pode ser acessado publicamente através do site do MP, investiga denúncias de uso indevido de recursos públicos para despesas pessoais durante uma viagem para participar de um evento esportivo em Corumbá.

A investigação teve início após uma notícia veiculada no site MS Notícias, onde um vídeo mostrava o prefeito e outros membros de sua comitiva confraternizando em uma piscina e ingerindo bebida alcoólica durante a estadia em um hotel.

Além do prefeito, a chefe de gabinete, Cleia Lúcia Santos Silva, e o secretário de Esporte, Magno Moura, também teriam se hospedado no local, junto com atletas da seleção de futebol de Porto Murtinho. O total de diárias recebidas pelo prefeito entre 28 de fevereiro e 5 de março de 2024, em viagens a Campo Grande, Corumbá, Bodoquena e Bonito, somam mais de R$ 10 mil.

Em resposta à investigação, o prefeito esclareceu que sua comitiva estava em Corumbá para participar da “Copa dos Campeões”, evento organizado pela Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomassul).

Ele afirmou que os custos de hospedagem dos jogadores foram cobertos com recursos públicos, conforme a prestação de contas anexada ao processo, mas garantiu que as despesas pessoais, como jantares e sua própria hospedagem, foram pagas com recursos próprios, comprovados por faturas de cartão de crédito anexadas ao inquérito.

Ainda assim, o Ministério Público identificou inconsistências na justificativa inicial do prefeito, que afirmava que nenhum servidor havia se beneficiado das diárias.

Com base nas informações recebidas, o MP-MS determinou a continuidade da investigação para apurar possível ato de improbidade administrativa, caso seja comprovado o desvio de finalidade no uso das diárias, o que resultaria em prejuízo aos cofres públicos.