18 de abril de 2024
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Os passos são os mesmos, resta saber qual será o fim do caminho

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O prefeito de Campo Grande Gilmar Olarte (PP) começa a dar os primeiros sinais de sua falta de habilidade em lidar com crises e resolvê-las. Diante de reajuste de mais de 10% da tarifa de ônibus, da proposta de reajustar IPTU (Imposto Territorial, Predial Urbano) em 18% e de permitir que os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) entrassem em greve, Olarte agora foge da imprensa e ao invés de responder dúvidas que são de toda população, profere declarações vagas em nítido tom de irritação.

Hoje pela manhã, durante agenda pública no Detran (Departamento de Trânsito), ao ser questionado pela imprensa sobre o motivo do reajuste abusivo da tarifa de ônibus, Olarte evitou debater o assunto e questionado sobre a assembleia geral dos professores que acontece hoje em que eles irão discutir a proposta do prefeito de pagar o reajuste de 8,46% em oito parcelas, Olarte se limitou a dizer que a prefeitura não possui dinheiro para pagar de outra forma. "Já disse, não temos dinheiro para pagar de outro jeito", afirmou.

Respostas vagas, falta de habilidade para dialogar não só com imprensa, mas também com os vereadores que reclamam do relacionamento com executivo, são familiares ao campo-grandense, que já viu essa situação acontecer ao longo de 2013 e terminar com a cassação de Alcides Bernal (PP) em março de 2014, o que permitiu a Olarte assumir a prefeitura.

Este tipo de comportamento não deveria causar estranheza, afinal, Olarte era vice de Bernal, ambos do mesmo partido, compartilhavam das mesmas convicções e do mesmo projeto político. Conforme as últimas atitudes do prefeito, ele parece estar trilhando os mesmos caminhos de seu antecessor ao, por exemplo, não assumir a responsabiliade de seus atos, sempre "jogar a culpa" na administração anterior, deixar que assessores critiquem vereadores em redes sociais, tudo isso, a população da Cidade Morena já vivenciou, falta saber se Olarte, que assumiu poder sob a promessa de moralizar e resgatar o desenvolvimento da Capital, será mais prudente e conseguirá contornar a situação, ou se iá arriscar e testar a paciência da população.

Heloísa Lazarini e Tayná Biazus