29 de março de 2024
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Para manter 'fundão eleitoral' Bolsonaro corta R$ 122 milhões de MS

Com a verba para investimentos públicos no menor nível da história e sem veto ao fundão Jair Bolsonaro (PL) quer tentar se reeleger "a todo custo"

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Simone Tebet (MDB), sofreu uma negativa ao projeto que promoveria a pavimentação de 337 quilômetros de asfalto na fronteira. Jair Bolsonaro (PL), de olho em manter o ‘fundão’ intacto para eleição, vetou o orçamento federal no projeto Sul-Fronteira. A negativa está no Diário Oficial desta segunda-feira (24.jan.22), assim, Mato Grosso do Sul perde R$ 122 milhões para as obras. 

De acordo com a proposta, o objetivo geral do Sul-Fronteira é facilitar o tráfego, diminuir distâncias e impulsionar a economia das cidades fronteiriças. Antônio João, Ponta Porã, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Mundo Novo, Paranhos e Sete Quedas seriam diretamente beneficiadas.

Do orçamento total aprovado pelo Congresso Nacional, R$ 3,18 bilhões foram vetados, sendo R$ 1,36 bilhão de emendas de comissão e R$ 1,82 bilhão que seriam para despesas de ministérios. A sanção retirou ainda um terço de verbas do Ministério do Trabalho, impactando principalmente os recursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Com a verba para investimentos públicos no menor nível da história e sem veto ao fundo eleitoral e ao orçamento secreto a lógica da peça orçamentária sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) é tentar reelegê-lo "a todo custo", avaliou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) ao Broadcast Político.

Apesar de vetar a verba que ajudaria a população, Bolsonaro, porém, manteve os valores de R$ 16,48 bilhões para o orçamento secreto e de R$ 4,96 bilhões para o “fundão eleitoral”. Para cumprir uma promessa e conquistar votos ele também manteve de R$ 1,7 bilhão para o reajuste de servidores públicos federais.