19 de abril de 2024
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Para Nelsinho PT se aliou a PSDB depois da derrota na Capital com cassação de Bernal

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O anúncio da aliança entre PT (Partido dos Trabalhadores) e PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira)  já causou turbulência no cenário político sul-mato-grossense. Hoje pela manhã, o pré-candidato do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) o governo do Estado Nelson Trad Filho fez questão de afirmar que a aliança não passa de um ato de desespero do PT de recuperar a aceitação e popularidade que provavelmente foram abalados em Campo grande devido à cassação do prefeito Alcides Bernal (PP), que desde o início de seu governo contou com apoio do PT, em especial do senador Delcídio do Amaral. "Esta aliança é incoerente. Como eles vão defender algo diferente no palanque nacional e dentro de Mato Grosso do Sul vão dar as mãos?", questiona Nelsinho. O peemedebista afirma que o anúncio da aliança aconteceu simplesmente porque PT não está encontrando saída para conquistar os votos do eleitorado campo-grandense. Diante da novidade, Nelsinho afirmou que ele ainda não decidiu sobre qual candidato à presidência irá apoiar durante a campanha, mas deixou claro que irá seguir a decisão do diretório estadual do partido. Nelsinho relembrou que PT e PSDB estão juntos desde eleição de Bernal e que a aliança entre os partidos é uma forma  de iludir as pessoas dizendo que governo deles não terá problemas, que as mudanças serão boas assim como dizia Bernal. "Esta aliança pode dar na mesma coisa que deu a eleição de Bernal em Campo Grande. Acredito que alguém está traindo alguém nesse caso, pois não é possível eles se unirem no Estado sendo os principais rivais nacionais. E traição nunca é boa", afirma Nelsinho. O PMDB nacionalmente apoia a presidente Dilma Rousseff (PT), e, embora recentemente os dois partidos estejam se estranhando e tenham se distanciado em alguns estados como o Rio de Janeiro em que o PT entregou cargos no governo do Estado para lançar candidatura própria contra a reeleição do governador Sergio Cabral (PMDB), havia ainda a esperança por parte das executivas nacionais de ambos os partidos de manter a aliança em pelo menos oito estados brasileiros, entre eles o Mato Grosso do Sul. Na última semana, o presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), havia dito que a presidente Dilma estaria presente nos palanques de ambos os candidatos ao governo em Mato Grosso do Sul, ou seja Nelsinho e Delcídio, caso a aliança formal não fosse acertada. Agora diante da bomba que explodiu nas mãos das executivas nacionais de PT e PMDB resta saber se esta aliança será aprovada ou se as nacionais vão sobrepor seus interesses aos do Mato Grosso do Sul e com isso fazer com petistas e peemedebistas se aturem e dividam o mesmo palanque no Estado.   Heloísa Lazarini e Dany Nascimento