A Polícia Federal (PF) prendeu na madrugada desta 2ª.feira (19.dez.2022) o pastor bolsonarista Fabiano Oliveira, durante ato golpista em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha (ES). Ele liderava um grupo radical de extrema direita que não aceita a derrota de Jair Bolsonaro (PL).
Oliveira foi preso por volta das 5h e não ofereceu resistência aos agentes. O pastor estava foragido desde a última 5ª.feira (15.dez.2022), quando a PF cumpriu 23 mandados de busca e apreensão e 4 ordens de prisão no Estado no âmbito do caso que investiga bloqueios em rodovias e manifestações contra o resultado da eleição presidencial.
Na mesma 5ª.feira, mostramos aqui no MS Notícias, que a PF caçou 17 alvos em Mato Grosso do Sul e mais 69 em 7 estados e Distrito Federal.
O pastor foi encaminhado ao Departamento Médico Legal e deu entrada no Centro de Detenção Provisória de Viana, na Região Metropolitana de Vitória, por volta das 9h40, segundo a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus).
Oliveira se apresenta como presidente do grupo extremista e tem participado de atos em outras capitais, como em São Paulo, na manifestação de 25 de novembro deste ano. Ele também participou de bloqueios golpistas de rodovias e de vias públicas urbanas. Nas redes sociais, o apoiador do ex-capitão aparece em diversos vídeos incentivando desobediência às instituições democráticas. Fabiano Oliveira também foi ouvido anteriormente pela Polícia Civil do Espírito Santo, e na ocasião, ele declarou ser motorista e não pastor.
Líderes religiosos capixabas dizem desconhecer qual é a igreja evangélica que ele é vinculado. De fato, nas redes sociais, ele só aparece pregando o ódio contra a democracia e as instituições e não o evangelho.
O mandado foi expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexadre de Moraes. O ministro é relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 519, que investiga os bloqueios e manifestações contrárias ao resultado da eleição presidencial de outubro. A íntegra da ADPF.
No Espírito Santo, na 5ª feira (15.dez), a PF também fez buscas nas residências e gabinetes dos deputados estaduais Capitão Assumção (PL) e Carlos Von (Avante), que estão usando tornozeleira eletrônica. Eles estariam financiando atos golpistas no estado.
Os agentes também prenderam o presidente da Câmara Municipal de Vitória, Armandinho Fontoura (Podemos), e o jornalista Jackson Rangel, sócio do portal Folha do ES. O empresário Max Pitangui permanece foragido.
No mesmo dia, mostramos que a PF apreendeu rifles e submetralhadoras em um dos pontos alvos em Santa Catarina. Os bolsonaristas abandonaram o arsenal.
Armamentos encontrados pela Polícia Federal durante operação na 5ª feira (15.dez) VIOLÊNCIA BOLSONARISTA
No início de dezembro, Moraes já havia multado em R$ 100 mil os proprietários dos caminhões que estariam envolvidos no bloqueio de estradas. Ele também proibiu a circulação dos veículos e bloqueou seus documentos. Além disso, foi identificado que diversos caminhões usados nos atos golpistas haviam sido usados pelo tráfico de drogas.
Na 2ª feira (12.dez), depois da diplomação do presidente eleito Lula /9PT) e do vice eleito Geraldo Alckmin (PSB), bolsonaristas radicais tentaram invadir a sede da PF, em Brasília.
Em discurso na cerimônia de diplomação do presidente eleito, Lula (PT), na segunda, Moraes prometeu 'integral responsabilização' dos responsáveis pelos "ataques antidemocráticos".
Os ataques começaram na sequência da ordem de prisão temporária do indígena xavante José Acácio Serere Xavante, 42 anos, a mando de Moraes. Os radicais vandalizaram ao menos 15 veículos na Capital federal. Veja AQUI.











