26 de julho de 2024
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GOVERNO E SOCIEDADE CIVIL

Pela paz no campo, Vander defende união de forças em MS

Lideranças levarão a Lula sugestões para evitar conflitos entre produtores rurais e povos indígenas

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A mobilização de lideranças políticas e governamentais, junto às forças da sociedade civil, pode oferecer propostas e soluções capazes de reduzir e até zerar os conflitos fundiários em Mato Grosso do Sul. Esta é a alternativa defendida pelo deputado federal Vander Loubet (PT/MS) durante a reunião na 2ª.feira (8.mai.23), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária (Famasul).

O presidente da Federação, Marcelo Bertoni, recebeu Vander Loubet, o deputado estadual Pedrossian Neto (PSD) e o secretário Eduardo Rocha, da assessoria política do governador Eduardo Riedel (PSDB). A pauta do encontro foi a situação de instabilidade gerada por ações de confronto envolvendo produtores rurais e povos indígenas.

Segundo Loubet, o objetivo prático da reunião foi definir uma pauta com análises sobre os problemas e sugestões, a ser entregue ao presidente Lula. Neste sentido, outra agenda ficou agendada para 4ª.feira (10.mai.23), em Brasília, com os ministros Simone Tebet, do Planejamento, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário. Espera-se ainda que outro ministro, Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, confirme presença.

Zeca do PT, Vander Loubet, Pedrossian Neto (PSD), Eduardo Rocha, da assessoria política do governador Eduardo Riedel (PSDB). Foto: ReproduçãoZeca do PT, Vander Loubet, Pedrossian Neto (PSD), Eduardo Rocha, da assessoria política do governador Eduardo Riedel (PSDB). Foto: Reprodução

"Nosso objetivo é claro: colocar em prática uma proposta concreta, que atenda as demandas das duas partes. Os povos indígenas do Estado, particularmente os terena e os guarani-kaiowá, têm seus direitos, e ao mesmo tempo aqueles que de boa fé ocuparam terras, eventualmente citadas como reservas indígenas. Esses proprietários de boa fé adquiriram as terras e estão nelas há dezenas ou até centenas de anos, cuidando e investindo nessas propriedades", argumenta Loubet.

Um dos demonstrativos da preocupação das autoridades é a Fazenda Inho, ocupada no mês retrasado em Rio Brilhante. O seu primeiro título de propriedade de 1854 e foi expedido pela então Província de Mato Grosso, com a anuência do Império do Brasil. Trata-se de uma situação que gera intranquilidade e insegurança jurídica, reconhecem as lideranças políticas, autoridades governamentais e dirigentes classistas.