A mobilização de lideranças políticas e governamentais, junto às forças da sociedade civil, pode oferecer propostas e soluções capazes de reduzir e até zerar os conflitos fundiários em Mato Grosso do Sul. Esta é a alternativa defendida pelo deputado federal Vander Loubet (PT/MS) durante a reunião na 2ª.feira (8.mai.23), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária (Famasul).
O presidente da Federação, Marcelo Bertoni, recebeu Vander Loubet, o deputado estadual Pedrossian Neto (PSD) e o secretário Eduardo Rocha, da assessoria política do governador Eduardo Riedel (PSDB). A pauta do encontro foi a situação de instabilidade gerada por ações de confronto envolvendo produtores rurais e povos indígenas.
Segundo Loubet, o objetivo prático da reunião foi definir uma pauta com análises sobre os problemas e sugestões, a ser entregue ao presidente Lula. Neste sentido, outra agenda ficou agendada para 4ª.feira (10.mai.23), em Brasília, com os ministros Simone Tebet, do Planejamento, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário. Espera-se ainda que outro ministro, Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, confirme presença.
![Zeca do PT, Vander Loubet, Pedrossian Neto (PSD), Eduardo Rocha, da assessoria política do governador Eduardo Riedel (PSDB). Foto: Reprodução](https://cdn.msnoticias.com.br/upload/dn_arquivo/2023/05/imagem-do-whatsapp-de-2023-05-09-as-083048.jpg)
"Nosso objetivo é claro: colocar em prática uma proposta concreta, que atenda as demandas das duas partes. Os povos indígenas do Estado, particularmente os terena e os guarani-kaiowá, têm seus direitos, e ao mesmo tempo aqueles que de boa fé ocuparam terras, eventualmente citadas como reservas indígenas. Esses proprietários de boa fé adquiriram as terras e estão nelas há dezenas ou até centenas de anos, cuidando e investindo nessas propriedades", argumenta Loubet.
Um dos demonstrativos da preocupação das autoridades é a Fazenda Inho, ocupada no mês retrasado em Rio Brilhante. O seu primeiro título de propriedade de 1854 e foi expedido pela então Província de Mato Grosso, com a anuência do Império do Brasil. Trata-se de uma situação que gera intranquilidade e insegurança jurídica, reconhecem as lideranças políticas, autoridades governamentais e dirigentes classistas.