26 de julho de 2024
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QUESTÃO ELEITORAL

PL pede para anular vantagem de Lula para que Bolsonaro vença

Bolsonarista condenado do mensalão, Valdemar aposta alto

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O Partido Liberal (PL), presidido pelo bolsonarista condenado do mensalão Vandemar Costa Neto, quer que se anule a vantagem de pouco mais de 2,7 milhões de votos que Lula (PT) teve, para que, então, Jair Bolsonaro seja reeleito com 51% dos votos. 

A ideia mirabolante consta numa representação protocolada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta 3.ªfeira (22.nov.22). Eis a íntegra.  

Na ação, a legenda diz que os votos de 279.336 urnas eletrônica de modelos anteriores ao do ano de 2020 devem ser anulados, sob a alegação de que elas teriam apresentado "mau funcionamento". Essas urnas, porém, foram amplamente vasculhadas antes das eleições e nada foi citado pelo partido. Também no 1º turno nada teria sido apontado, mas depois que sairam derrotados no 2º turno, decidiram apontar supostos erros, tudo sem prova, módus operandi do bolsonarismo.  

Assinada pelo advogado Marcelo Luiz Ávila de Bessa, a representação cita o laudo técnico de auditoria do Instituto Voto Legal (IVL), contratado pelo partido de Bolsonaro.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, após receber o parecer do PL, disse que as urnas contestadas pelo partido foram usadas no 1º turno e no 2º turno das eleições. Assim, o ministro determinou que a legenda apresente um documento que abranja os dois turnos, sob pena de a corte eleitoral indeferir o pedido.

"As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas". 

O sentido do apontamento do PL contraria a lógica. Isso porquê foi o PL que conseguiu formar a maior bancada na Câmara dos Deputados (99) e a maior do Senado Federal (14). Dessa maneira, a anulação de votos de uma parte das urnas, poderá ter o efeito de reduzir o tamanho do partido no Congresso a partir de janeiro.