26 de julho de 2024
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OPERAÇÃO TURN OFF

"Querem me botar numa coisa que eu não tenho nada a ver", diz Geraldo Resende

Ex-secretário de Saúde comenta operação do Gaeco contra seu substituto, Flávio Britto

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O agora deputado estadual Geraldo Resende (PSDB), ex- secretário de Saúde de Reinaldo Azambuja (PSDB), desvencilhou-se, nesta 5ª feira (30.nov.23), de qualquer ligação com os presos e alvos de buscas da Operção Turn Off, deflagrada na 4ª feira (29.nov.23), pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). 

Geraldo Resende argumentou que as investigações miram contratos após sua saída da equipe do ex-governador — o então secretário deixou o cargo na Saúde em março de 2022 para concorrer à reeleição. Apesar disso, assumiu no lugar dele o ex-chefe de gabinete da Secretaria, Flávio Brito. E Flávio foi um dos alvos da Turn Off acusado em fraudes licitatórias, corrupção, peculato e organização criminosa, sobre contratos de R$ 68 milhões. 

Como mostramos aqui no MS Notícias, Flávio BrittoEdio Antonio Rezende de Castro (Eduação), são acusados de receber proprina para beneficiar contratos adjudicados à Maiorca Soluções em Saúde, de Sérgio Coutinho Júnior, à Comercial Isototal Ltda, de Lucas Coutinho, e à Isomed Diagnósticos.

Atualmente, Flávio estava lotado como secretário-adjunto na Casa Civil. Flávio e Édio foram demitidos pelo governador Eduardo Riedel nesta 5ª feira (30.nov.23). Eis a íntegra.  

Além de Bitto, um dos presos pela operação Turn OffThiago Haruo Mishima, atuava como secretário parlamentar do deputado federal Geraldo Resende e, em 2022, foi nomeado acessor especial do governo Azambuja. 

Ao Campo Grande News, Resende afirmou que não tem nenhuma relação com os crimes e pediu para o veículo nem mesmo revelar que ele havia feito as declarações a seguir: 

“Eu não vou comentar nada, não. Não tenho nada relacionado a isso. Eu não tenho nada a ver, não é do meu período, não tenho nada a falar. Como eu vou comentar uma coisa que nada tenho a ver? Eu não sei nem o conteúdo. É como se eu perguntasse para outro deputado o que está achando disso, pode olhar se tem alguma coisa a ver com a minha gestão”, disse.

 “Não queria nem que comentasse que ligou pra mim. Porque não tem nada a ver. Algumas pessoas querem me botar numa coisa que eu não tenho nada a ver”, completou.