24 de abril de 2024
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Chefe de ética da Fifa diz que relatório final sobre 2018/22 está errado

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A decisão de que as candidaturas de Rússia e Qatar foram completamente limpas e corretas parece não ter agradado nem mesmo membros da câmara investigadora do Comitê de Ética da entidade. Poucas horas após o anúncio, Michael Garcia, norte-americano que conduziu a investigação, afirmou que pretende apelar e reabrir o caso.

A irritação de Garcia tornou-se pública após a o Comitê de Ética da Fifa afirmar nesta quinta-feira que não há provas de suborno ao longo do processo de candidatura dos países que receberão as Copas de 2018 e 2022. De acordo com o presidente da câmara investigadora, o documento apresentado está errado.

"A decisão de hoje contém numerosas interpretações incompletas e errôneas dos fatos. Eu pretendo apelar contra essa decisão para o Comitê de Apelação da Fifa", afirmou Garcia em um comunicado.

O inquérito que investigou as acusações de corrupção nas candidaturas e no pleito para a escolha das sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022 considerou que ambas as edições do Mundial de futebol estão livres de problemas. A decisão final ficou a cargo de Joachim Eckert, também membro do Comitê de Ética da Fifa, designado pela Fifa para concluir o caso.

Segundo o comunicado oficial, as vitórias de Rússia e Qatar para sediar as Copas de 2018 e 2022 estão em dúvida desde 2010, ampliando a polêmica em 2012 com uma reportagem do jornal inglês Sunday Times. A publicação denunciou suborno por parte da campanha qatari. A partir daí, ainda segundo o texto, o Conselho de Ética da Fifa iniciou uma investigação em que ouviu representantes de todas as candidaturas, membros do Comitê Executivo da Fifa e outros integrantes da entidade.

"O presidente da câmara do Comitê de Ética da FIFA considera que a investigação sobre o processo de licitação foi conduzida em plena conformidade com as disposições pertinentes dos códigos de ética da FIFA", resume o relatório.

 Leide Laura Meneses com Uol/Reuters