O técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta quarta-feira (9) a um ano de prisão por fraude fiscal. A decisão foi emitida pela 30ª Seção da Audiência Provincial de Madri.
O caso envolve rendimentos de direitos de imagem recebidos em 2014, época em que Ancelotti comandava o Real Madrid. O treinador, no entanto, dificilmente cumprirá pena em regime fechado.
Isso porque a legislação espanhola permite que réus sem antecedentes, condenados a menos de dois anos por crimes não violentos, respondam em liberdade. Além disso, Ancelotti foi absolvido em um processo semelhante referente ao ano de 2015.
A Justiça também determinou que o italiano pague multa de 386 mil euros, cerca de R$ 2,5 milhões, à Receita Federal espanhola. O valor representa menos da metade do que ele recebe anualmente pela seleção.
Ancelotti ganha cerca de 10 milhões de euros por ano para comandar o Brasil, o equivalente a aproximadamente R$ 5,3 milhões por mês. O técnico ainda terá de arcar com os custos judiciais do processo.
Em abril, Ancelotti se declarou inocente das acusações feitas pelo Ministério Público espanhol. A promotoria o acusava de ter sonegado pouco mais de um milhão de euros entre 2014 e 2015.
O fisco espanhol tem histórico de processos contra celebridades, como Neymar, Cristiano Ronaldo, Messi e Shakira. Muitos chegaram a acordos para evitar punições mais severas.
Até o momento, Ancelotti não se manifestou publicamente sobre a condenação. A CBF afirmou que acompanha o caso, mas reforçou que o processo é conduzido pela equipe pessoal do técnico.
O italiano assumiu oficialmente a seleção brasileira em maio deste ano. Antes, teve duas passagens pelo Real Madrid: de 2013 a 2015 e de 2021 até maio de 2025.











