Uma padaria localizada na Avenida Tiradentes, no bairro Taveirópolis, em Campo Grande, foi interditada na 3ª feira (22.jul.25), após uma força-tarefa constatar uma série de irregularidades sanitárias. A ação foi realizada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon), em conjunto com a Vigilância Sanitária do município e o Procon/MS.
De acordo com nota da Polícia Civil, a operação foi desencadeada a partir de uma denúncia anônima, que relatava condições inadequadas de higiene e segurança alimentar no local. Durante a inspeção, foram identificadas práticas consideradas graves, como o uso de matérias-primas sem procedência e sem registro nos órgãos competentes, além da venda de produtos alimentícios armazenados fora da temperatura adequada.
Segundo os fiscais da Vigilância Sanitária, havia queijos e ovos fracionados expostos à venda sem autorização do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), bem como uma grande quantidade de queijo armazenado em geladeiras e câmaras frias sem procedência. Produtos fabricados pela própria padaria, como esfirras e bolos de pote, também foram encontrados sem rotulagem adequada, ou seja, sem prazo de validade, composição e condições corretas de conservação.

Conforme a nota da polícia, a estrutura física da padaria estava em situação precária, com presença de sujeira, lixo armazenado de forma irregular, infiltrações nas paredes e ausência de produtos de higiene para os manipuladores de alimentos. Foi constatado ainda o uso de panos de algodão, prática proibida pelas normas sanitárias, que exigem o uso de toalhas de papel não reciclado.
Outro ponto destacado pelos fiscais foi a presença de alimentos em processo de manipulação sem qualquer tipo de identificação, o que também infringe as normas de segurança alimentar. Diante das irregularidades, a Vigilância Sanitária interditou o estabelecimento. Já o responsável pela padaria foi conduzido à Decon e autuado em flagrante com base no artigo 7º, incisos II e IX, da Lei nº 8.137/1990, que trata de crimes contra as relações de consumo, por vender ou armazenar produtos em condições impróprias para o consumo.
A pena prevista varia de dois a cinco anos de detenção, o que, segundo a polícia, impede a concessão de fiança na fase inicial da investigação. A Polícia Civil segue com os desdobramentos do caso.











