14 de dezembro de 2025
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NOVELA PANTANAL

Andréa Richa, a Muda de Pantanal original, trocou novelas pelo anonimato

Levando uma vida anônima, longe dos holofotes e do burburinho artístico, Andréa Richa está com 58 anos e formada em jornalismo

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“Me afastei da carreira artística porque é a vida”. Essas são as palavras da atriz Andréa Richa, que 32 anos atrás dava vida a personagem Muda, de Pantanal, na extinta TV Manchete. “Acho também que a carreira artística, da maneira que eu concebia, foi se afastando um pouco da minha visão de mundo”, acrescentou a artista, ao conceder uma de suas últimas entrevistas à imprensa, em 2020, ao Extra.


Levando uma vida anônima, longe dos holofotes e do burburinho artístico, Andréa Richa está com 58 anos e formada em jornalismo.


À publicação, Andréa contou que até hoje ela é reconhecida pelo público nas ruas. Ela contou que o que mais chamava a atenção dos telespectadores era o mistério que cercava a personagem jovem e vingativa.

“Ela vinha carregada mesmo de mistério sobre o passado dela. A personagem teve na novela grandes momentos de revelação. Ela foi realmente um sucesso. Agora, por onde eu andei nesse mundo, ela me acompanhou. Não tinha lugar que eu fosse no mundo que não tivesse alguém que lembrasse dela e que me tratasse com o maior carinho”, contou.

A atriz ainda recordou o clima de amizade que existia entre os demais atores nos bastidores da trama. Andréa também disse ao jornal que mantém contado com Jussara Freire, que viveu Filó, até hoje. Ela ainda lembrou da última cena que gravou.

“Se engana quem acha que não existe muita emoção num lugar calmo como o Pantanal. Tudo é muito à flor da pele na região. Tivemos muitos momentos marcantes juntos.  Lembro de tentar entrar em cena para dizer uma frase simples, mas os meus olhos jorravam lágrimas. Foi muito difícil. Por mais que eu tentasse me controlar, era algo muito orgânico. Ali era uma despedida daquela aventura linda”, disse.

Em tempo, Andréa também se lembrou das cenas de nudez. “Eram cenas absolutamente naturais. A gente já tomava banho de rio pelada, não tinha chuveiro na tapera onde a Juma e a Muda moravam. A nudez, há 30 anos, não era explorada com maldade, era algo muito naturalista. Então, a sensualidade das cenas estava exatamente nessa naturalidade e nessa inocência”, pontuou a atriz.

Reprodução Instagram