19 de março de 2024
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Pecuária

Rebanho bovino de MS cresce e já supera 21,8 milhões de cabeças

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O rebanho bovino de Mato Grosso do Sul somava 21,801 milhões de cabeças em 2016, conforme aponta a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada na quinta-feira (28.9) pelo IBGE. O Estado foi escolhido para sediar a apresentação do estudo, que levantou dados sobre criação animal e produções de leite, lã, ovos de galinha e mel em 5570 municípios brasileiros. Mato Grosso do Sul emplacou cinco municípios entre os 20 maiores produtores bovinos do país:

  • Corumbá: 1,8 milhão;
  • Ribas do Rio Pardo: 1,1 milhão;
  • Aquidauana: 784 mil;
  • Porto Murtinho: 698 mil;
  • Três Lagoas 662 mil.

A taxa de crescimento do rebanho sul-mato-grossense entre 2015 e 2016 foi de 2,08%, acima do índice nacional (1,8%). Apesar do aumento significativo de quase meio milhão de cabeças no período de um ano, o rebanho sul-mato-grossense ainda está distante dos 24984 milhões de reses registrados em 2013, sua melhor performance. Desde então, houve uma redução paulatina até 2014, quando o viés voltou a ser de alta.

Mato Grosso continua com o maior rebanho bovino do País, contando mais de 30 milhões de cabeças, e o Centro-Oeste retém 34,4% do total nacional que atinge 218,2 milhões de cabeças, segundo o IBGE. É o segundo maior efetivo de bovinos do mundo (só perde para a Índia) e o segundo maior produtor de carne bovina (atrás apenas dos Estados Unidos). Em percentual, Mato Grosso do Sul detém 10% do rebanho nacional, enquanto Mato Grosso responde por 13,9%.

Enquanto isso, houve redução no volume de abates de bovinos no Estado, entre 2015 e 2016. E verifica-se uma queda contínua desde 2013, quando ocorreu o melhor desempenho do setor frigorífico sul-mato-grossense com 4121 milhões de reses abatidas. No ano passado o volume de abates de bovinos ficou em 3292 milhões.

Na medida em que cresce o rebanho bovino de corte, não ocorre o mesmo com o gado leiteiro que apresentou queda de 22,65% em 2016, em relação ao ano anterior. E essa é uma tendência que se mantém há alguns anos. Em relação a 2012, a redução do rebanho leiteiro chega a 51,33%. A explicação disso, segundo o coordenador de Economia e Estatística da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Daniel Frainer, pode ser a contínua redução nos preços do leite.

Por outro lado, o estudo mostra aumento da produtividade por vaca ordenhada de 2,97% em 2016 em relação ao ano anterior, índice que vem crescendo desde 2008 continuamente, acumulando um crescimento de 40,77%. A produtividade em 2016 chegou a 1337 litros/vaca ordenhada/ano.

Com relação aos demais rebanhos, o rebanho de suínos apresentou pequena redução de 1,15% embora em termos de abate há um crescimento de 6,03%, e também diminuíram tanto o rebanho quanto o volume de abate de aves na proporção de 3%.