28 de abril de 2024
Campo Grande 32ºC
agems art traço
CARAAPO

No Ar com Igor Matheus

Núcleo de Inclusão do MDB é destaque na atenção a pessoa com deficiência

Núcleo de Inclusão do MDB é destaque na atenção a pessoa com deficiência

Neste 21 de setembro, celebra-se no Brasil, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Oficializada em 2005 através da Lei Nº 11.133, porém, comemorada desde 1982, a data foi definida em razão da proximidade com o início da primavera, estação conhecida pelo aparecimento da flora, representando simbolicamente o nascimento e renovação da luta das pessoas com deficiência.

Segundo a Lei Nº 13.146/15, a pessoa com deficiência é aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Assim sendo, o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência surgiu como forma de garantir a integralização dessas pessoas na sociedade de maneira igualitária e sem preconceitos.

A deficiência atinge diferentes níveis e pode ser classificada em quatro tipos: a física, a auditiva, a visual e a mental.

André Puccinelli. Foto: Henrique Theotonio

Pensando nisso, o MDB MS criou em marco deste ano, o Núcleo da Inclusão, um grupo de pessoas voltadas em ajudar e desenvolver projetos em prol das pessoas com deficiência em diversas categorias. Idealizador, junto ao presidente da sigla no estado, Junior Mochi, André Puccinelli destaca a importância das representações diversas e a inclusão dos portadores de deficiência para a verdadeira cidadania.

— No MDB, em seu estatuto originário, sempre disse que queria ser um partido representativo dos segmentos da sociedade: do negro, da mulher, do sindical, da juventude, dos que precisam ter a atenção do governo, das necessidades especiais e por isso, a Tatiana, nossa companheira, foi quem assumiu esta bandeira para dentro do núcleo do MDB. Formar o núcleo da inclusão social, daqueles que têm necessidades especiais. Portanto, como um partido representativo de todas as camadas e segmentos da sociedade, entendemos que a inclusão é importante para que tenham, os nossos irmãos e irmãs, a atenção do poder público como verdadeiros cidadãos — explica. 

Um dos candidatos ao governo do estado nestas eleições e possuindo o desejo de investir fortemente em mais tecnologia no governo, André acredita ser de extrema relevância, a melhoria do acesso e inclusão das pessoas com necessidades especiais neste processo.  

— Se você utiliza as inovações tecnológicas para que elas possam auxiliar a qualquer cidadão a ter um resultado melhor na sua atenção, você poderia entender que os que têm problema de visão através da inclusão de equipamentos em Braille, para que eles possam ter a atenção dada e o desempenho no trabalho dado, assim fizemos em nossas escolas. Além de ensinar os aqueles que tinham deficiências visuais, inclusive visão zero, a possibilidade de se alfabetizar, de se instrumentalizarem, profissionalizarem e exercerem a sua profissão — considera. 

E diz.

— Com este exemplo, todas as tecnologias audiovisuais que possam permitir aos deficientes, exercer bem a sua função, são, já foram e serão usadas, como armas tecnológicas, como ferramentas tecnológicas, para que possamos dar desempenho aos nossos deficientes e que eles possam com a mesma resolutividade, dos que não tem problema algum, possam exercer a sua função. Para os deficientes em todos os nossos concursos, será uma realidade no governo André Puccinelli — pontua.

Pra ele, a importância da mobilização dos familiares e dos amigos das pessoas com deficiência juntos ao núcleo.

Tatiana Baungarten. Foto: Pessoal.

— Psicologicamente, você tem um deficiente com algum problema, se o núcleo familiar não lhe dá respaldo. Toda vez, que a família dá respaldo a um filho ou uma filha deficiente, eles se sentem amparados e tem condições melhores de enfrentar as dificuldades as vicissitudes da vida. Portanto, o núcleo familiar é muito importante no equilíbrio psicológico de quem tem deficiência, para que a pessoa se sinta um cidadão integral e possa resolver os problemas. André resolve, a família resolve e quem mais resolve é o deficiente que, amparado pelo poder público, pode, através das inovações tecnológicas, exercer bem a sua função —. 

Com um longo histórico de trabalhos voltados a área social e caritativa na Capital, Tatiana Baungarten, que atualmente vem coordenando muitas das ações do núcleo, considera o olhar humano fundamental no desenvolvimento dos PCDs.

— Fiquei muito feliz quando recebi o convite para integrar o núcleo, pois sempre tive uma visão voltada para as pessoas, de conexão e atenção olhando as suas dificuldades. No caso daqueles que portam alguma necessidade especial, devemos ter um olhar mais apurado, vendo realmente o que podemos fazer para auxiliar essa pessoa, sem ser invasivo. Muitas vezes, queremos tanto ajudar, porém, estamos invadindo a privacidade da pessoa, com boa intenção, eu acredito que, através dessa iniciativa do Dr. André e do Junior Mochi, de criar esse núcleo de inclusão dentro do MDB, para realmente olhar as pessoas especiais. 

A atenção da família, é necessária para o equilíbrio mental.

— Geralmente na maioria das famílias, há alguém que precisa de um olhar, um cuidado, um carinho maior, tanto nas questões de necessidades físicas, quanto as invisíveis, no caso, a psicológica, principalmente, neste pós-pandemia, existe muitas pessoas com sérias alterações psicológicas e em nossos trabalhos pretendemos atuar também na questão da saúde mental, em projetos nos quais essas pessoas possam ser acolhidas, pois existe muita dor dentro do ser humano e precisamos ter um olhar diferenciado para essa dor —. 

Tatiana observa os efeitos colaterais causado pela pandemia nas relações interpessoais e seu ideal solidário.

— Após o isolamento, com a retomada de um cotidiano normal, vemos que houveram mudanças significativas nas relações sociais. Tem pessoas que não conseguem sair e outras passaram a ter medo do contato social, ou pior, tiveram traumas psicológicos causados pela pandemia. Fico feliz com o convite, participando desse movimento. Através da minha família, aprendi que o mais importante são as pessoas. Novamente, parabenizo o Dr. André pelo olhar ampliado e sensibilidade ao criar um núcleo inclusivo. Acredito que a verdadeira inclusão, vem do coração — considera.

Natural de Bandeirantes e líder de um projeto social há quase 20 anos, voltado aos deficientes físicos em Mato Grosso do Sul, Marileide Soriano Ourives,  

Marileide Soriano Ourives. Foto: Pessoal.

— Tenho um trabalho social há quase 20 anos, sem fins lucrativos, que faço com Deus e por amor ao próximo. Atendemos os deficientes físicos, abrangendo cadeiras de rodas, banho, motorizadas, bengalas, andadores, próteses de pernas e mãos, e aparelhos de audição. Pacientes de Sidrolândia, Campo Grande, Jaraguari, Rochedo, Chapadão do Sul, Cassilândia e Bandeirantes (onde veio mais de R$ 380 mil em cadeiras motorizadas entre outros itens), já foram contemplados com o trabalho. Logo chegaremos a Coxim também. Ajudamos muitas pessoas, inclusive parentes, como meu pai e dois irmãos. Por sentir na pele como é ter alguém desta condição em casa, visito a camisa de outros, caminhando por eles, em favor deles —.

Convidada a integrar o Núcleo da Inclusão, seu grande desejo é ampliar a cobertura do trabalho para todo o estado.

— Fui convidada para entrar no Núcleo de Inclusão através do André Puccinelli e do Júnior Mochi, no qual só tenho a agradecer, porque irão somar muito com os portadores de deficiências físicas, elevando meu trabalho e dando um respaldo maior. Quero ricamente trabalhar e explanar o trabalho para os 79 municípios, e o contingente de irmãos portadores de deficiência são muito grandes. Pois, além dos deficientes, as famílias precisam muito de apoio, principalmente psicológico, porque não é fácil. Há pacientes com problemas neurológicos, que precisam de um acompanhamento especial, olhando com amor a essas famílias também —. 

Ourives enfatiza o apoio de parceiros nesta caminhada.

— Um grande parceiro nosso é o CER-APAE, nos atendendo com as cadeiras e nossos grandiosos irmãos. Acolhem nossos portadores de deficiência e oferecem uma melhor qualidade de vida. Creio que iremos crescer muito mais. É prazeroso trabalhar em favor deles. Nosso trabalho é reconhecido por um juiz aqui em Bandeirantes e a cada dia cresce a demanda por cadeiras. Chegamos a fazer um banco de cadeiras usadas, atendendo fraturados em acidentes. Eles a levam, depois as devolvem e repassamos a outros. Um sucesso. Ajudamos muita gente sem nada em troca, constituindo o verdadeiro olhar solidário e diminuindo seu sofrimento —.

Desde 2015 sob uma cadeira de rodas, a professora e vereadora em Chapadão do Sul, Almira Conelheiro Alves Souza, faz da inclusão uma luta diária.

— A questão da inclusão é prioridade, não apenas porque sou uma pessoa que precisa de acessibilidade e portadora de necessidades especiais. Desde 2015, faço uso da cadeira de rodas, por conta de um acidente que sofri e lesionei a medula. Lutamos pela inclusão e acessibilidade, é uma pauta singular e muito importante para o meu trabalho na Câmara de Vereadores. Penso que uma cidade que não olha para esta área e não a tem como tema, é uma cidade que está em débito com essa classe e com grandes dificuldades para crescer e se estabelecer —. 

Com grande demanda por um melhor atendimento em Chapadão do Sul, Almira salienta o apoio as famílias dos portadores de necessidades especiais.

Almira Conelheiro Alves Souza. Foto: Pessoal

— Aqui em Chapadão do Sul, possuímos 200 alunos laudados e outros 240 na fila de espera. É uma quantidade muito grande de alunos portadores de necessidades especiais, tanto na área do autismo, como na deficiência auditiva, visual e físico-motora. Há muitos alunos e famílias, porque a família do portador também precisa de apoio, na área da saúde, assistência social e da educação. E educação se faz por muitas mãos, não só pela escola. A família precisa caminhar junto. Por causa disso, lutamos para que o município, através das suas secretarias de educação, assistência Social e saúde, coloque à disposição das famílias, apoio, cursos, palestras sobre esta questão da inclusão e das deficiências. As famílias estão perdidas. Elas não sabem o que fazer e precisam de apoio, tanto quanto os seus familiares portadores de necessidades — classifica.

Essa situação, precisa atenção.

—  Defender essas pautas é muito importante. Na minha família, tenho um irmão que é portador de necessidades especiais, é um aluno da APAE, com uma deficiência mental grave e portador de autismo, grau 03. Vivo essa realidade e apesar da deficiência que sofri, sou uma pessoa bastante ativa. Jogo tênis em cadeira de rodas, faço academia, tenho minha vida pública como vereadora e uma das minhas principais bandeiras é a questão da inclusão e da acessibilidade —. 

Acessibilidade é fundamental.

— Queremos uma cidade acessível e uma sociedade que veja o potencial das nossas crianças e dos nossos deficientes. Quando olhamos para um indivíduo portador de necessidades, na maioria das vezes, enxergamos somente a deficiência, mas atrás de um indivíduo desses, há alguém capaz de produzir, trabalhar, de trazer ganhos pro município. Precisamos ver essas pessoas, como pessoas úteis e não exclusivamente como dependentes do Estado, que ajudam no crescimento e valorização da sociedade onde ele está inserido —.

Vereador em Sidrolândia e aguerrido representante das pessoas com deficiência e pela acessibilidade no município, Adavilton Brandão relembra os difíceis momentos quando tornou-se tetraplégico, há 08 anos antes.

Adavilton Brandão. Foto: Reprodução.

— Sofri um acidente de trabalho. O carro em que estava dirigindo, capotou, bateu numa pedra e, como eu sou alto, minha cabeça acabou sendo comprimida no teto do carro, lesionando a cervical (C5 e C6), me deixando automaticamente tetraplégico. A maior dificuldade é a questão da informação. Fazem 08 anos e 07 meses e a gente perde o chão. Não tinha pessoas para me instruir como conviver, os cuidados fisiológicos e mesmo psicológicos. Tinha dois empregos e uma vida ativa muito forte. De repente, estava numa cadeira de rodas. Sair de casa andando e voltar numa cama, é muito duro —. 

—  Fiquei 03 meses deitado numa cama, sem poder tomar banho no chuveiro, tinha que tomar banho na cama, me alimentar deitado, por causa do colar, não podia mexer. Depois, as dificuldades você para a rua: degraus, calçadas e ruas inadequadas para você rodar sua cadeira, que não condizem, pois tinham de ser acessível para todos. Essas foram as maiores dificuldades —. 

Após internação em hospital de Brasília, Adavilton buscou compartilhar o que aprendeu.

— Quando decidiu lutar em favor da causa? Estava em Brasília, no Hospital Sarah Kubitschek, que é referência em lesionado medular, lá eles instruem o paciente, explicam as questões de leis, preparam você para se adaptar e viver da melhor maneira possível. Quando voltei, amigos e pessoas vinham me procurar pedindo informações em relação aos direitos dos portadores de deficiência física, quanto a remédios, fisioterapia, fui repassando —.

A partir daí, sentiu que deveria ir além e lutar pela causa dos portadores de deficiência, ao criar uma associação.

— Como sofri um acidente de trabalho, remédios, fisioterapeuta, personal e cuidador, foi custeado pela empresa em que trabalhava. Vendo que amigos estavam na mesma situação e não tinham o mesmo suporte, queria transmitir o que sabia e repassar. Então, Deus tocou no coração, para gente abrir uma associação (Associação Supera) e cuidar dessas pessoas, que não tinham informação e atendimento psicológico a ele e a família, que também fica presa, precisa de adaptar, sem a rotina de antes, mudando os costumes. Desse modo, pensamos numa associação forte, para atender quem realmente precisa — explica. 

Patrícia Scucuglia. Foto: Pessoal.

— Precisamos muito das políticas públicas. A pessoa com deficiência precisa sair de um certo comodismo, que não é só dela, mas também da família. Não podemos ficar ali, quietos, sem qualquer expectativa. Um núcleo de inclusão é muito importante. Daqueles que andam, a maioria não se importa com você. Pensam somente no que vai agregar a elas, não em quem está precisando. Quanto mais pessoas com deficiência na política, nos fortalecemos. Não apenas dos lesionados medular, cadeirantes ou amputados, mas em geral. Quem vive essa situação e tem essa capacidade de querer ajudar as pessoas, é importante estar nas políticas públicas —.

— Hoje, sou vereador pelo MDB aqui em Sidrolândia e temos uma política pública muito forte com as pessoas. É nítido ver as mudanças nas questões de acessibilidade. Então, tendo um político com deficiência e lutando pelos seus direitos é de extrema importância. O partido está de parabéns por estar a um passo à frente de todos —. 

Parte integrante do núcleo, a psicóloga Patrícia Scucuglia enfatiza o olhar técnico e humano da psicologia nos projetos em prol da inclusão.

— O psicólogo, além de compreender as demandas das pessoas portadoras de necessidades especiais, precisa entender a realidade do meio onde a pessoa está inserida. Para que haja a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais, é preciso um olhar bidimensional, não apenas voltado às carências das pessoas especiais, mas também compreender as dificuldades e anseios do meio onde essas pessoas serão inseridas. É importante salientar que todos somos cidadãos, cada um com suas necessidades e todos com o desejo de exercer seus direitos civis. A inclusão não é uma deferência as pessoas especiais e sim um direito garantido por lei —.

CARAAPO
Inelegível, ex-prefeito de Rio Verde pecou por improbidade e é um dos políticos ficha suja
CAIU DO CAVALO
há 1 dia

Inelegível, ex-prefeito de Rio Verde pecou por improbidade e é um dos políticos ficha suja

Pesquisa mostra posições fortalecidas de Adriane e Riedel no cenário político e eleitoral na Capital
URNAS & GESTÃO
há 2 dias

Pesquisa mostra posições fortalecidas de Adriane e Riedel no cenário político e eleitoral na Capital

Vander viabiliza aprovação de três projetos de MS para acessar recursos do Fundo do Mercosul
DEPUTADO VANDER LOUBET
há 2 dias

Vander viabiliza aprovação de três projetos de MS para acessar recursos do Fundo do Mercosul

Garras flagra policial negociando pistolas no Camelódromo
CAMPO GRANDE (MS)
há 2 dias

Garras flagra policial negociando pistolas no Camelódromo

Advogados, servidor e ex-PM integram equipe do 'Patrão', diz Gaeco
OPERAÇÃO LAST CHAT
há 2 dias

Advogados, servidor e ex-PM integram equipe do 'Patrão', diz Gaeco

GTX Construtora é alvo da Dracco por levar R$ 5 milhões a mais em Bataguassu
OPERAÇÃO JAZIDA
há 2 dias

GTX Construtora é alvo da Dracco por levar R$ 5 milhões a mais em Bataguassu