O premiê britânico, Boris Johnson, vai governar o Reino Unido com maioria absoluta. Os votos das eleições dessa quinta-feira (12) ainda estão sendo contados, mas o partido do primeiro-ministro já conquistou a maioria absoluta, ultrapassando os 326 lugares necessários para ter a maioria no Parlamento. É uma vitória esmagadora dos conservadores e uma derrota histórica dos trabalhistas.
Jeremy Corbyn foi um dos grandes derrotados nas eleições. Ele admitiu que o resultado "é decepcionante" e, por isso, não continuará à frente do Labour.
"Quero deixar claro que não vou liderar o partido em nenhuma futura eleição. Vou discutir com o partido para garantir um processo de reflexão sobre esse resultado e sobre as políticas que vai manter no futuro. E vou liderar o partido durante esse período", declarou em Islington, em discurso feito de madrugada.
"Esta é obviamente uma noite muito decepcionante para o Partido Trabalhista, com o resultado que temos. Mas quero dizer que, na campanha eleitoral, apresentamos um programa de esperança, de unidade e um programa que ajudaria a corrigir os erros, as injustiças e as desigualdades existentes neste país", acrescentou.
Jeremy Corbyn salientou que a questão do Brexit - saída do Reino Unido da União Europeia - transformou-se em um debate dividido e polarizado, tendo substituído o debate político normal. "Reconheço que isso contribuiu para os resultados que o Partido Trabalhista registrou esta noite em todo o país".
O candidato do Partido Conservador, o primeiro-ministro Boris Johnson, é uma personalidade controversa. Sucedeu a Theresa May na missão de concretizar o Brexit.
No discurso de vitória, o primeiro-ministro agradeceu ao povo do Reino Unido e prometeu "levar o país para a frente", num trabalho "que começa hoje".
"Parece que ao governo conservador foi outorgado novo e poderoso mandato para fazer o Brexit, e não só fazer o Brexit mas unir o país, levá-lo para a frente e focar nas prioridades", disse.
Johnson considera que a eleição foi "histórica" e dará oportunidade ao governo "de respeitar a vontade democrática do povo britânico, mudar para melhorar e libertar o potencial de todo o povo". Ele repetiu a promessa de contratar mais 50 mil enfermeiros, 6 mil médicos e construir mais 40 hospitais.