05 de dezembro de 2025
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INTERNACIONAL

Na guerra contra a Ucrânia, Rússia já recrutou mais de 20 mil cubanos

A média de idade dos recrutas cubanos é de 35 anos, faixa etária em que, segundo Yusov, "as pessoas deveriam estar formando famílias e trabalhando"

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Rússia tem intensificado o recrutamento de combatentes estrangeiros para reforçar suas forças na guerra contra a Ucrânia, que se aproxima de quatro anos. Entre os mais recrutados estão cidadãos cubanos, atraídos por salários de até US$ 2 mil mensais.

Segundo Andriy Yusov, porta-voz da inteligência militar ucraniana (HUR), cerca de 20 mil cubanos já assinaram contratos para lutar pelo Exército russo. Cuba aparece hoje no topo da lista de países que mais fornecem combatentes a Moscou.

A média de idade dos recrutas cubanos é de 35 anos, faixa etária em que, segundo Yusov, “as pessoas deveriam estar formando famílias e trabalhando”. No entanto, muitos acabam sendo enviados diretamente para o front.

Documentos apresentados por parlamentares ucranianos confirmam a identidade de pelo menos 1.038 cubanos em contratos assinados entre junho de 2023 e fevereiro de 2024. Vários já teriam sido mortos ou capturados durante os combates.

Ainda conforme a inteligência ucraniana, cerca de 250 combatentes permaneceram na linha de frente mesmo após o término de seus contratos. O tempo médio de sobrevivência de estrangeiros na guerra varia entre 140 e 150 dias.

Especialistas ucranianos afirmam que o modelo é vantajoso para Moscou, pois evita o pagamento de benefícios sociais e reduz a pressão de familiares dentro da Rússia. Para o Kremlin, a política mantém o fluxo de combatentes estrangeiros sem grandes custos internos.