24 de abril de 2024
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Marin cumpre prisão domiciliar em endereço luxuoso em Nova York

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Após concordar em pagar fiança de US$ 15 milhões (cerca de R$ 57 milhões) às autoridades americanas, o ex-presidente da CBF José Maria Marin cumpre prisão domiciliar em um dos endereços mais cobiçados de Nova York. Marin, de 83 anos, é proprietário de um apartamento na Trump Tower, um dos prédios mais luxuosos de Manhattan.

Acusado de envolvimento em um esquema de corrupção na Fifa, o ex-dirigente chegou a Nova York na terça-feira, após ser extraditado pelo governo da Suíça, onde estava preso desde 27 de maio. Poucas horas depois de desembarcar na cidade americana, ele compareceu a um tribunal federal no bairro do Brooklyn, onde se declarou inocente. Marin estava acompanhado de advogados e da mulher, Neusa.

Atração turística

Com o pagamento da fiança, Marin poderá responder ao processo em prisão domiciliar no arranha-céu de 68 andares, localizado no número 725 da 5ª Avenida. A duas quadras do Central Park, a Trump Tower é uma das atrações turísticas de Nova York.

O edifício foi construído em 1983 pelo magnata e atual pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump, dono de uma cobertura que ocupa três andares e é avaliada em US$ 100 milhões (cerca de R$ 381 milhões).

O apartamento de Marin não é tão espaçoso quanto o do bilionário americano. Com 101 metros quadrados e uma suíte, a unidade teria sido comprada em 1989 por US$ 900 mil. Atualmente, um apartamento de metragem semelhante na Trump Tower custa em torno de US$ 2,6 milhões (cerca de R$ 9,9 milhões), segundo corretores de imóveis em Nova York.

Conforto

Apesar das restrições a sua liberdade, Marin poderá contar com a estrutura do prédio, que inclui confortos como academia de ginástica e serviço de camareira. Durante o tempo em que estiver em prisão domiciliar, o ex-dirigente deverá ser monitorado e não poderá manter contato com os outros investigados no esquema de corrupção na Fifa.

Marin é acusado de aceitar milhões de dólares em propina de empresas de marketing esportivo em conexão com a venda de direitos comerciais para a Copa América de 2015, 2016, 2019 e 2023 e para a Copa do Brasil no período de 2013 a 2022. Sua próxima audiência no tribunal do Brooklyn está marcada para 16 de dezembro.