O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu nesta terça-feira ao PSDB, partido de Aécio Neves, candidato derrotado nas eleições para a presidência da república deste ano, acesso aos sistemas de votação, apuração e totalização de votos das eleições do mês passado para que o partido possa realizar uma auditoria própria do resultado do pleito. Dias Toffoli, presidente do TSE, disse que ao apresentar voto pela aprovação durante sessão do plenário do TSE que a legislação já concede acesso aos dados solicitados a partidos políticos, coligações, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "Verifica-se que a pretensão do partido político, tratada com certo estardalhaço em notas divulgadas à imprensa, se constitui em nenhuma inovação ou solicitação que já não tenha sido previamente garantida por este tribunal, na forma prevista nas resoluções editadas, com grande antecedência em relação à data das eleições”, disse Toffoli em seu voto, segundo nota no site do TSE. Segundo o site Terra, o pedido do PSDB foi aprovado por unanimidade pela corte, mas os ministros do tribunal rejeitaram a solicitação do partido para que fosse formada uma comissão pluripartidária para a análise comum dos dados, alegando que o PSDB não tem legitimidade jurídica para atuar em nome de outras legendas. Carlos Sampaio, deputado federal (PSDB-SP), que coordenou a área jurídica da campanha de Aécio à Presidência, pediu uma auditoria da eleição alegando que seu pedido visava afastar os rumores que, segundo ele, têm crescido nas redes sociais de que teria havido fraude na eleição. Conforme Carlos, a medida não representava uma contestação ao resultado da eleição, em que a presidente Dilma Rousseff foi reeleita pela margem mais estreita desde a redemocratização. Leide Laura Meneses