O BNDES e a Petrobras vão conceder R$ 47,3 milhões para oito projetos vencedores do edital "Manguezais do Brasil". O objetivo é recuperar a vegetação nativa em áreas de manguezal e restinga em quatro regiões do Brasil. A iniciativa visa proteger a biodiversidade e adaptar-se às mudanças climáticas. A gestão operacional e a execução dos projetos serão de responsabilidade do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), parceiro gestor do Floresta Viva.
A recuperação de 1.757 hectares de vegetação (o equivalente a 2,2 mil campos de futebol) em três macrorregiões definidas pelo Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas e de Importância Socioeconômica do Ecossistema Manguezal, do ICMBio, será financiada pelos recursos.
Devido à sua localização na costa litorânea, os ecossistemas de manguezais sofrem ameaças decorrentes da expansão urbana e de atividades humanas. Os projetos contribuirão para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos, a remoção de dióxido de carbono da atmosfera e a geração de emprego e renda nas comunidades impactadas. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que este apoio aos projetos de recuperação é essencial para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos.
O projeto "CO2 Manguezal", da Fundação Vovó do Mangue, receberá R$ 5,4 milhões para a restauração de 200 hectares na área da Área de Proteção Ambiental Baía de Todos os Santos e da Reserva Extrativista Marinha Baía do Iguape (BA). O projeto "Entre Mangues e Caranguejos", da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), receberá R$ 5,7 milhões para a restauração de 316 hectares de manguezais em São Paulo e no Paraná. As demais iniciativas estão distribuídas pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil.
|