19 de abril de 2024
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CPIs polêmicas prometem movimentar trabalhos da Assembleia em 2016

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Instalação de pelo menos três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que envolvem apuração de denúncias contra o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ação e/ou omissão do Estado em casos de violência contra indígenas entre os anos de 2000 e 2015- CPI do Genocídio, bem como a CPI do Combustível, que apura diferença de preços praticados por postos e distribuidoras da Capital, ajudaram a fomentar ações da Assembleia Legislativa, em 2015.

Os trabalhados pautados em depoimentos deverão ser concluídos no próximo ano. Em função do recesso parlamentar, CPI do Cimi, por exemplo, ficará suspensa de 1º de janeiro a 1º de fevereiro de 2016, com retorno previsto para o dia 3 de fevereiro. “Todo nosso trabalho está sendo traçado em busca da verdade. Não somos contrários à Igreja Católica, nem ao índio. A questão é investigar o trabalho do Cimi e as denúncias sobre a incitação da violência no campo”, disse a presidente da Comissão, deputada Mara Caseiro (PMB). De acordo com parlamentar, até o dia 30 de dezembro equipe técnica ainda estará em serviço dos trabalhos administrativo

Já as reuniões públicas da CPI do Genocídio serão retomadas no dia 4 de fevereiro. Conforme presidente da Comissão, deputado João Grandão (PT), estão sendo analisadas cerca de cinco mil páginas de documentos referentes a inquéritos policiais instaurados nos últimos 15 anos, e relacionados a casos de violência praticados contra indígenas no Mato Grosso do Sul. “Não podemos confundir elucidação com punição. Queremos entender melhor esses casos, ainda não totalmente solucionados e polêmicos”, disse João Grandão.

Sem data prevista para retomada de oitivas, CPI dos Combustíveis também continuará as análises de dados cadastrais com endereços e contatos telefônicos de refinarias, distribuidoras, bem como postos e revendedores de combustíveis localizadas no Estado.

A apuração também inclui relatórios e demonstrativos financeiros sobre a carga tributária incidente acerca do preço de comercialização de combustíveis. "Nós precisamos entender este caminho para saber quem está ganhando, e quanto está ganhando, e se o ganho é justo. Queremos também verificar se existe diferença dos preços praticados de uma localidade para outra e se a diferença de preço da capital para um município do interior é justificada apenas pelo frete, ou se há abuso de poder econômico", explica presidente da CPI  deputado Barbosinha (PSB).