26 de julho de 2024
Campo Grande 27ºC

BOLSONARISTA

Diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques é demitido

Ele estava de férias desde que o MPF pediu seu afastamento

A- A+

O homem usado por Jair Bolsonaro (PL) para tentar impedir que eleitores de Lula (PT), no Nordeste, chegassem às urnas a tempo de votação, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi demitido nesta 3ª.feira (20.dez.2022). 

A demissão consta na edição do Diário Oficial da União (DOU), desta manhã. Eis a íntegra. 

Em razão da atuação politiqueira ao seu candidato, Vasques virou réu numa ação de improbidade administrativa em 25 de novembro, que avalia uso indevido do cargo.

Amigo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Vasques declarou voto a Bolsonaro e agiu em favor do político desde 2021.  

Depois de não conseguir frear a chegada de eleitores de Lula às urnas, Vasques também ganhou destaque por ter supostamente ordenado a agentes que "atendessem" aos golpistas que bloquearam as rodovias federais inconformados com a derrota de Bolsonaro no 2º turno das eleições.

O ministro Alexandre de Moares, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a alertar que poderia prender Vasques, caso ele não cumprisse a ordem de desobstrução das rodovias, só assim a ordem foi cumprida.  

Em 10 de novembro, a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar se Vasques teve relação com bloqueios de rodovias e suposta omissão em relação às operações da PRF no Nordeste, em 30 de outubro, data da votação do 2º turno. O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou que a esclarecesse eventual omissão no combate aos bloqueios em rodovias depois das eleições.

Em 15 de novembro, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) pediu o afastamento de Vasques por 90 dias. No dia seguinte, o então diretor da PRF pediu férias do cargo sem data para voltar.