26 de julho de 2024
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EXTREMISTAS DE DIREITA

Em 48h, petição para cassação de Nikolas Ferreira chega a quase 300 mil assinaturas

Deputado bolsonarista fez ataque transfóbico no Dia Internacional das Mulheres

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 A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), conquistou até este sábado (11.mar.23), 283.004 mil assinaturas para a cassação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MGT), que fez um ataque transfóbico no plenário da Câmara dos Deputados, em 8 de março de 2023, Dia Internacional das Mulheres.  

Erika é uma das primeiras mulheres trans a ocupar um assento no Congresso Nacional, carregando a pauta da identidade de gênero como uma de suas principais bandeiras.

No texto do abaixo-assinado, a deputada escreveu: "A transfobia é crime equiparado ao crime de racismo e o Congresso Nacional é um espaço para vocalizar a defesa dos nossos direitos, não ataques preconceituosos às mulheres brasileiras. Nikolas Ferreira cometeu o crime de homotransfobia. Já apresentamos uma notícia-crime contra o deputado no STF. Agora estamos juntos com diversos partidos e lideranças políticas para denunciá-lo no Conselho de Ética da Câmara. Enquanto nós nos articulamos no Congresso, precisamos da luta de todos vocês (população) para provar que todas as mulheres romperam com a violência que tanto nos persegue”.

A ação da deputada ocorre, após o ataque transfóbico, do bolsonarista Nikolas, que na tribuna usou uma peruca, se autodenominou 'Nikole' e declarou: "as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres. Para vocês terem ideia do perigo que é isso, eles estão querendo colocar a imposição de uma realidade que não é a realidade", bradou. Nos mostramos esse vídeo horrível aqui no MS Notícias. 

INVESTIGADO

As práticas de crimes por Níkolas são recorrentes. Ele é investigado desde fevereiro por injúria racial contra a também parlamentar Duda Salabert (PDT -MG). O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou um pedido do Ministério Público sobre o caso e determinou que a 5ª Vara Criminal de Belo Horizonte analise a queixa-crime da deputada de 2020. À época, o deputado usou por querer um pronome masculino para se referir à Duda, que é uma mulher transexual.

Em junho do ano passado, o Ministério Público do Estado de Minas Gerais também instaurou inquérito para investigar vídeo publicado pelo então vereador Nikolas considerado transfóbico. Ele foi acusado de LGBTFobia e violação do artigo 17 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por expor uma jovem de 14 anos nas redes sociais.

Na gravação, o vereador pedia o boicote de uma escola privada de Belo Horizonte por permitir que uma aluna transgênero use o banheiro feminino.