O juiz Deyvis Ecco, da 2ª Vara Criminal de Dourados, aceitou a denúncia contra Diego Aparecido Francisco, de 38 anos, seus pais Izabel Cristina Ferreira Francisco e Sérgio Francisco Filho.
Além deles, também viraram réus o ex-vereador Célio Poveda, de 70 anos, e o policial civil Joventino Floriano da Silva, de 50 anos.
O promotor de Justiça, Eduardo Ontecielha De Rose, do Ministério Público Estadual (MPE), suspeita que o grupo aplicou uma série de golpes na venda de veículos que causaram prejuízos de R$ 2,5 milhões às vítimas.
Os cinco acusados têm dez dias para apresentar a defesa.
Como havíamos mostrado aqui no MS Notícias, Diego é acusado de aplicar golpes em Mato Grosso do Sul desde 2019, por meio da empresa Negócios MS. “A empresa está registrada como do ramo alimentício, possuindo ocupação principal o comércio de bebidas. Entretanto, era utilizada para negócios fraudulentos de venda de veículos”, esclareceu o promotor.
De Rose revelou que o ex-vereador Célio Poveda se apresentava como advogado de Diego e ajudava a realizar a cobrança das vítimas. Poveda mora em Itaporã, mas era regularmente visto na sede da Negócios MS, em Campo Grande (MS).
Já o policial civil Joventino, passava informações se utilizando do Sistema Integrado de Gestão Operacional (SIGO), sobre veículos e monitorava boletins de ocorrência registrado pelas vítimas de Diego. Entre janeiro e agosto de 2023, o agente fez consultas a veículos que geraram 61 páginas. O investigador também atuava como uma espécie de ‘capanga’ de Diego, pressionando as vítimas a não registrarem o golpe na delegacia. Ele levava a viatura da Polícia Civil para a sede da MS Negócios e aparecia armado nas reuniões com as vítimas. Célio e Diego o apresentaram como “Dr. Delegado”
Vamos lembrar que Diego também se tornou réu por gerenciar um falso leilão de imóvel e aplicar um golpe de R$ 800 mil contra fiéis ao lado do pastor e ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, e da então gerente do Banco Safra, Alessandra Carrilho de Araújo.
O grupo liderado por Diego teria aplicados golpes que causaram prejuízos totais de R$ 6 milhões em Dourados (MS).
Conforme o site O Jacaré, o empresário solicitou censura de conteúdos jornalísticos, após insatisfação com a publicização de que há diversos processos contra ele, devido a golpes na venda de veículos. Entenda aqui.
FONTE: O JACARÉ.