19 de abril de 2024
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Lava Jato: Polícia Federal cumpre 11 mandados de prisão por extração ilegal de diamantes

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (8) Operação Crátons que tem como objetivo combater a prática de crimes ambientais ligados à extração e comercialização ilegal de diamantes das terras dos índios cinta-larga, em Rondônia. A investigação, segundo a PF, é um desmembramento direto da Operação Lava Jato.

Cerca de 220 policiais federais cumprem 90 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, 41 de busca e apreensão, 35 de conduções coercitivas, além de três intimações para comparecimento a oitivas. Os mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal e nos estados de Rondônia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso e Pará.

A Justiça Federal também determinou o sequestro de um imóvel, bem como do dinheiro encontrado nas contas dos principais investigados para o ressarcimento dos danos ambientais praticados.

A investigação apurou que uma organização criminosa, formada por empresários, advogados, comerciantes, garimpeiros e índios era responsável por financiar, gerenciar e promover a exploração de diamantes no chamado “Garimpo Lage”, localizado no interior da Reserva Indígena Parque do Aripuanã e de usufruto exclusivo dos índios Cinta Larga. A PF também identificou a participação de uma cooperativa e de uma associação indígena na extração ilegal dos diamantes.

Os investigados responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de extração de recursos minerais sem autorização do órgão competente, dano a unidade de conservação, usurpação de bem da união, receptação, organização criminosa, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O nome dado à operação faz referência às estruturas geológicas que dão origem à formação dos diamantes, chamadas de “crátons”.