Após o Congresso Nacional derrubar os decretos que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O Palácio do Planalto pretende alegar inconstitucionalidade na atuação dos parlamentares, argumentando que não houve aumento abusivo nos tributos propostos pela equipe econômica.
A decisão ocorre após derrota expressiva na Câmara, onde 383 deputados votaram contra os decretos — sendo 242 de partidos com ministérios no governo.
No Senado, a votação foi simbólica, sem registro nominal, o que evitou exposição de aliados do Planalto.
A revogação dos decretos ocorreu por meio do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/2025, que anulou integralmente a medida assinada pelo governo.
Para o Executivo, a competência de fixar alíquotas tributárias, como no caso do IOF, é exclusiva do presidente da República.
Já o Congresso afirma que a ampla maioria obtida na votação fortalece a legitimidade da decisão e que o STF não deve interferir.
Em nota, a Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou que analisa medidas jurídicas para tentar garantir a vigência do decreto 12.499/2025.
A AGU, comandada por Jorge Messias, solicitou informações ao Ministério da Fazenda para embasar a eventual ação no Supremo.











