O deputado federal e ex-secretário de saúde de Campo Grande Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse a reportagem do MS Notícias que não sabe do arquivamento das denúncias de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Campo Grande Nelsinho Trad (PMDB) e contra ele, apresentadas pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde da Assembleia Legislativa. A denúncia pedia a apuração “de prática improbidade administrativa exposta no Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde” e foi arquivada pelo MPE (Ministério Público Estadual).
Para Luiz Henrique tudo isso não passa de questões políticas e que não sabe dos encaminhamentos dados a denuncia. “É um assunto que eu sempre entendi que é coisa pequena de política, eu não mexo com isso”, afirmou.
A CPI foi presidida pelo deputado estadual Amarildo Cruz (PT) e foi responsável por diversas denúncias na área da saúde, em especial em relação ao Gisa, sistema de agendamento de consultas por telefone, contratado pelo município de Campo Grande, em 2008, sob gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB). O sistema custou quase R$ 10 milhões e funcionava sem eficiência e com falta de módulos que eram necessários para funcionamento daquilo que lhe era devido, agendamento de consultas em nível ambulatorial nas UBSs e também via telefone.
O relatório ainda aponta que a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), na época sob comando de Mandetta, realizou pagamentos antecipados aos serviços, sem descrição dos feitos, e foram identificadas notas fiscais superfaturadas com valores além do previsto em contrato e sem a comprovação da prestação efetiva dos serviços.
Segundo relatório da CGU (Controladoria Geral da União), o então secretário municipal de saúde Luiz Henrique Mandetta, é suspeito de ter recebido vantagem indevida da empresa que venceu a licitação, de R$ 8.893 milhões. A vantagem, segundo a CGU, ocorreu por meio de pagamento de viagens aéreas nacionais e internacionais.
Leide Laura Meneses