26 de julho de 2024
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ELEIÇÕES 2022

Mulher que acusou Marquinhos de assédio sexual é 'garota de programa'

Testemunha disse que lhe pagaram R$ 2 mil para prestar denúncia falsa

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A eleição em Mato Grosso do Sul iniciou com ataque ao pré-candidato que lidera as pesquisas. A acusação dava conta de que Marquinhos Trad (PSD), teria cometido ‘assédio sexual’ contra mulheres em seu gabinete quando esteve prefeito de Campo Grande (MS). Entretanto, na segunda-feira (25.jul.22), ocorreram novas revelações sobre o caso (entenda abaixo)

Uma mulher que havia acusado o ex-prefeito de Campo Grande de assédio sexual prestou uma declaração em cartório afirmando que a acusação é falsa e que ela recebeu dinheiro para fazê-la.

Segundo o relato, a testemunha afirma ser garota de programa e diz que foi contratada por adversários de Trad durante uma festa com a oferta de dinheiro para que ela e duas amigas acusassem o candidato do PSD de assédio sexual. Elas concordaram com a proposta.

A declarante afirmou ter recebido R$ 2 mil após ter feito o depoimento contra o ex-prefeito à polícia, apesar disso, diz que agora se arrependeu e que está com medo de sofrer represálias por admitir que mentiu sobre a acusação.

Após a denúncia, Trad virou alvo de um inquérito da Polícia Civil que já ouviu depoimentos de ao menos três mulheres que o acusam de assédio sexual durante o período em que ele foi prefeito de Campo Grande.

Ele nega as acusações e diz que a investigação foi aberta depois que criticou uma operação da Polícia Militar para reintegração de posse de uma área indígena em Amambaí que resultou num massacre. Nos mostramos esse caso aqui no MS Notícias. 

Depois de criticar a operação, Marquinhos diz que passou a ser ameaçado pelo governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), que tenta emplacar como sucessor o secretário Eduardo Riedel (PSDB).

Suposta conversa entre o secretário da Segurança Pública do MS, Antônio Carlos Videira, e o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), candidato ao governo do estado Reprodução/Reprodução Suposta conversa entre o secretário da Segurança Pública do MS, Antônio Carlos Videira, e o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), candidato ao governo do estado Reprodução/Reprodução 

Trad disse que irá anexar no inquérito conversas que teve por meio de WhatsApp nas quais ele foi ameaçado pelo delegado Antônio Carlos Videira, atual secretário de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul. Nas mensagens, Videira pede a Trad, entre outras coisas, que “não bata na segurança pública que tudo pode continuar bem” e que ele faça retratação pelas críticas à ação da polícia. “Retrate-se Marcos, só isso que os policiais estão esperando”, continuou.

Segundo a última pesquisa para o governo sul-mato-grossense – divulgada pelo instituto Real Time Big Data em 14 de junho, Marquinhos Trad está empatado na margem de erro de três pontos para mais ou para menos com os candidatos André Puccinelli (MDB) e Rose Modesto (União Brasil). Trad teria 22%, Puccinelli 21% e Rose, 15%. Riedel aparece abaixo do trio, com 8% das intenções de voto.

*Com VEJA.