O pré-candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Nelsinho Trad, admitiu que considera oferecer a vice-governança para que o PDT (Partido Democrático Trabalhista) volte desista de apoiar a pré-candidatura de seu adversário, senador Delcídio do Amaral (PT).
Segundo Nelsinho, as conversas com o presidente estadual do PDT, João Leite Schimidt, e com o ex-deputado Dagoberto Nogueira (PDT) continuam. “Quando conversei com ele (Schimidt), eu apresentei uma linha programática de atuação que vai de encontro com eles pensam a também podemos colocar a vaga de vice à disposição”, declarou.
Para o pré-candidato peemedebista, o anúncio feito pelo PDT de apoio ao PT (Partido dos Trabalhadores) é reversível. “Eles não declararam oficialmente. O que eles apresentaram foi um indicativo forte de que apoiariam o PT”.
O presidente estadual do PMDB, deputado estadual Junior Mochi, declarou que desconhece as negociações de alianças, pois elas não passam pelo diretório, mas admitiu que o anúncio feito pelo PDT surpreendeu a todos os governistas.
“As conversas são conduzidas pelo governador (André Puccinelli, PMDB) e pelo Nelsinho. Não passa pela presidência do partido. Qualquer resposta que eu der é invalida, pois eu não tenho acompanhado. Até onde eu sei, o PDT sempre esteve próximo a nós. Sempre teve essa conversa com o Dagoberto de que caminharíamos juntos no pleito eleitoral. Nos pegou de surpresa essa declaração de apoiar o Delcídio”, revelou.
Questionado sobre a possibilidade do partido oferecer o cargo de vice-governador nas eleições deste ano, Mochi prefere manter-se neutro. “Não confirmo nem desconfirmo. Não chegamos nessa discussão, mas se nós vamos lançar candidato a governador e a senador é natural oferecer os cargos de vice e de suplência”.
Na manhã de ontem, durante a entrega de instrumentos musicais para escolas de Campo Grande, o governador André Puccinelli havia afirmado que há 90% de chances do PDT caminhar junto ao PMDB, mas que o serviço de reconquistar o partido estava a cargo de Nelsinho Trad.
Diana Christie
