O PSDB (Partido Socialista da Democracia Brasileira) começa a enfrentar um dilema em Mato Grosso do Sul. Com a proximidade do início da campanha eleitoral e corrida dos partidos políticos por alianças, os tucanos, que antes eram eram alvo de desejo e cobiça de diversos partidos, agora estão se vendo sem muitas opções devido à incompatibilidade das conjunturas nacional e estadual. Depois da reunião entre o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e pré-candidato ao governo do Estado pelo PMDB, Nelson Trad Filho, que aconteceu na última segunda-feira, os petistas do Estado, que antes defendiam uma aliança com PSDB a todo custo, mudaram seu discurso. Segundo os deputados estaduais do PT (Partido dos Trabalhadores), Amarildo Cruz, Cabo Almi e Pedro Kemp, a conversa entre Nelsinho e Azambuja é natural e mostra que, na realidade sul-mato-grossense, ao contrário do que pregam o senador Delcídio do Amaral (PT) e Azambuja, é mais provável uma aliança do PSDB com PMDB, resgatando uma parceria antiga, do que com o PT devido às circunstâncias nacionais. "Na política é assim, é de conversa. Acho natural que PSDB e PMDB conversem, até porque acho improvável que exista uma aliança entre o PT e o PSDB, pois os dois partidos têm muitos problemas ideológicos entre si e a direção nacional de ambos não permitiria isso", afirma Amarildo. Para Pedro Kemp, a reaproximação de PSDB e PMDB é natural. "Todos os partidos estão conversando sobre alianças e entre PT e PSDB é complicada porque eles tem projetos diferentes, e não acho justo pedir votos para Dilma e defender para o Senado alguém de outro partido (em referência ao deputado Reinaldo Azambuja do PSDB)", explica o deputado. Assim como Kemp e Amarildo, o deputado Cabo Almi também desacredita na possibilidade de união entre tucanos e petistas. "O PT tem que se aliar a partidos que apoiam a presidente Dilma, pois seja aqui ou em qualquer lugar estamos todos disputando votos", afirma. Heloísa Lazarini e Dany Nascimento