26 de julho de 2024
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ELEIÇÕES 2022

Porque Bolsonaro segue atiçando apoiadores a violência?

Mandatário segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo

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Atos antidemocráticos que pedem golpe militar vem tendo escalada gradual de violência no Brasil, praticados por radicais de extrema direita que não aceitam a vitória de Lula (PT), sobre Jair Bolsonaro (PL). Apesar de ter sido derrotado, o atual mandatário, não aconselha seus apoiadores a cessarem os atos violentos, mas sim os estimula a seguir.  

Vamos lembrar que na semana da derrota, após horas de silêncio, em uma rápida declaração, Bolsonaro disse defender os atos, tendo ali apenas condenado os bloqueios de estradas por seus apoiadores.

Já no final da semana passada, ele quebrou um silêncio de 40 dias com um discurso dúbio que também atiçou seus apoiadores.

O novo presidente, Lula, foi diplomado ontem e assume em 1º de janeiro. São os últimos dias do governo bolsonaristas e os ânimos dos radicais têm se exaltado.

Ontem eles tentaram invadir a sede administrativa da Polícia Federal (PF), em Brasília (DF). Mostramos os episódios de violência aqui no MS Notícias.

Dois dias antes, ao discursar na 6ª.feira (9.dez), Bolsonaro repetiu a retórica de campanha e estimulou indiretamente manifestações antidemocráticas dos seguidores que contestam a vitória do petista em uma inédita derrota para um presidente que disputava a reeleição no país.

Após serem repelidos pela polícia, os manifestantes foram para outras vias da cidade e atearam fogo em ao menos dois ônibus e em carros. Eles ainda depredaram postes de iluminação e tentaram derrubar um ônibus de um viaduto.

Até agora Bolsonaro não se manifestou sobre os atos de violência em Brasília da 2ª.feira.  

O presidente eleito, Lula, criticou nesta 3ª.feira (13.dez) os atos de violência que ocorreram em Brasília. O presidente afirmou que Bolsonaro incentiva "ativistas fascistas" de extrema direita.  

"Esse cidadão até agora não reconheceu a sua derrota, continua incentivando os ativistas fascistas que estão nas ruas se movimentando. Ontem [segunda] ele recebeu esse pessoal no Palácio da Alvorada, não sei qual foi o estrago que foi feito no Palácio da Alvorada. Ele tem de saber que aquilo é patrimônio público, não é dele, da mulher dele, do partido dele. É do povo brasileiro", disse Lula.

"Ou seja, ele segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo. É importante a gente saber que eles fazem parte de uma organização de extrema direita que não existe apenas no Brasil. Existe na Espanha, na Itália, França, nos Estados Unidos, que tem como líder o presidente Trump, existe na Hungria existe em vários outros países, inclusive na nossa querida Argentina", completou o presidente eleito.