23 de abril de 2024
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Puccinelli mantém mistério sobre candidatura ao Senado

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O governador André Puccinelli (PMDB) mais uma vez deixou pairar a dúvida no ar sobre sua candidatura ao Senado. Às vésperas de reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT) em Brasília, que acontece hoje, o governador afirmou em discurso em sessão solene da entrega de Título de Cidadão Sul-Mato-Grossense na Assembleia Legislativa, na noite de ontem, que pediu a amigos, companheiros de partidos e até mesmo a opositores partidários que não o convidassem para ser candidato ao Senado. "Emocionado, André lembrou que faltam dez meses e 17 dias(ontem à noite), para sua saída do governo do Estado e disse: "Eu já pedi ao partido, aos amigos, aos amigos tucanos, aos amigos do DEM do PT que não me peçam para ser candidato, que me deixem ir em frente, pois é hora de renovar. Mas depois de amanhã veremos. Veremos dia seis de abril e assim e a vida continua. Vocês vão ver, acho que lá pelo dia três ou quatro eu vou fugir para Lins, até dia 15, que é quando vence o prazo da renúncia, lugar incerto não sabido", declarou André. André se reúne hoje com a presidente Dilma, no entanto, questionado sobre o motivo da reunião, o governador manteve o tom de mistério. "Não sei, minha madrinha me chamou através do Mercadante (Aluízio Mercadante, chefe da Casa Civil) e eu vou". Em outros eventos com a imprensa, André havia afirmado parte da pauta da reunião seria administrativa. Assuntos como os investimentos de recursos federais no Estado e a resolução definitiva do conflito por terra entre índios e produtores rurais. Segundo pessoas próximas a André, é quase certo que Dilma irá conversar com o peemedebista sobre a aliança entre PT e PMDB e também sobre a possibilidade de André Puccinelli se candidatar ao Senado. Independente de candidaturas,o governador, ontem, fez questão de reafirmar que ele, enquanto pessoa, física, irá apoiar a reeleição da presidente Dilma. Puccinelli criticou aqueles que abandonara a base de apoio da presidente em julho do ano passado depois das manifestações populares contra o sistema político atual. "A pessoa física do André vai trabalhar para Dilma. Ano passado, teve gente do lado dela que saiu de perto, a abandonou depois das manifestações populares. Eu não, sempre disse que isso era covardia". Heloísa Lazarini