26 de abril de 2024
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Cazuza admite interesse em vídeo que tratava de suposto 'esquema de cassação'

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Na manhã desta sexta-feira (22), sete pessoas prestaram depoimento na audiência que aconteceu no Tribunal de Justiça de Mato Grosso Sul. Esses depoimentos fazem parte do processo em que o prefeito afastado Gilmar Olarte é réu juntamente com outras duas pessoas, Ronan Feitosa e Luiz Márcio Feliciano, o crime cometido seria de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

Uma das testemunhas ouvidas foi o vereador Cazuza (PP), ele foi indagado sobre um suposto vídeo que Salem Pereira, que já foi ouvido em oitiva no mês de novembro de 2015, teria mostrado para ele na intenção de negociar as imagens para o atual prefeito Alcides Bernal (PP). “Eu fui chamado pelo Salem para ver esse vídeo, ele me falou que era um vídeo que poderia ter alguma coisa relacionada ao esquema de cassação do Bernal, então eu achei que era interessante eu ver do que se tratava, depois fiquei sabendo que existiam outros vídeos. Por exemplo, do Ronan negociando e mostrando terrenos para o Salem, e até um vídeo de pedofilia, mas esses eu nunca vi”. Cazuza conta ainda que incentivou Salem a procurar a polícia mas não foi a pedido de Bernal, mas afirmou que levou ao conhecimento do Prefeito o vídeo de um suposto esquema de cassação.

Ismael Lídio Faustino que é religioso e representante da igreja Assembleia de Deus Nova Aliança (ADNA), também prestou depoimento, ele disse que a igreja repudiou as atitudes de Ronan, que na época tinha um cargo, e que assim que o processo foi instaurado ele foi afastado da igreja. Ismael disse ainda que a mãe de Ronan que é frequentadora da igreja, já confessou para ele que recebeu ameaças por pessoas que seu filho deve. “Ela disse que estava sendo ameaçada por agiotas e cabos eleitorais que não receberam durante a campanha”.

Outras três testemunhas ouvidas foram Joacir Pereira, Valdir Pereira dos Santos e Valter Pereira dos Santos, os três teriam trabalhado na campanha e foram contratados por Ronan como cabos eleitorais. Todos foram categóricos em disser que os pagamentos aos cabos eleitorais eram feitos quinzenalmente e depois que terminou as eleições tiveram problemas para receber as últimas duas semanas, porém receberam tudo, e quem fazia os pagamentos era sempre a pessoa de Ronan.

A governadora em exercício Rose Modesto (PSDB) pediu para que seu depoimento fosse remarcado em função das férias do governador Reinaldo Azambuja.

Fabrice Amaral também não compareceu à audiência e seu depoimento será colhido juntamente com o da governadora Rose, no dia 5 de fevereiro, às 9 horas no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

Já a testemunha Andreia Olarte e Sebastião Vieira foram dispensados de prestar depoimentos.