01 de maio de 2024
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Desesperado, Santos oferece desconto em patrocínio por verba

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A nova diretoria do Santos, encabeçada pelo presidente Modesto Roma Júnior, espera ansiosamente pela oficialização da extensão do acordo com a Huawei, empresa chinesa que patrocinou o espaço máster da camisa nos últimos jogos de 2014. O Terra apurou que para conseguir a liberação imediata do adiantamento de R$ 6 milhões no valor total que lhe foi oferecido, de R$ 18 milhões, o clube propôs um desconto a empresa. A ideia é um abatimento de 20% no montante (R$ 3,6 milhões) para conseguir amenizar a pressão, principalmente, pelos salários atrasados.

O clube está desesperado. Convocou na terça-feira entrevista coletiva onde externou perplexidade com a informação da venda de parte dos direitos econômicos de suas principais promessas à Doyen Sports.

O Terra apurou que a negociação fechada em 2,8 milhões de euros (cerca de R$ 9,1 milhões) envolveu a cessão de fatias consideráveis dos atacantes Gabriel Barbosa e Geuvânio, 20% e 35%, respectivamente, além de 25% do lateral direito Daniel Guedes.

O dinheiro já foi totalmente utilizado, principalmente para pagar a parte que cabia ao clube na negociação do centroavante Leandro Damião.

Na entrevista, Modesto ainda corrigiu o percentual de venda do volante Alison, dizendo que o clube fechou a venda integral dos direitos econômicos do jogador ao Banco BMG, não de 50% dos 70% de seus direitos O valor arrecadado foi de 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 4,8 milhões).

O mandatário citou por várias vezes preocupação com o atual momento financeiro do clube, alegando ter herdado um rombo de R$ 120 milhões somente neste ano somando verbas já comprometidas e dívidas.

"Não vamos por dinheiro nosso no clube. Não é isso que o clube almeja e quer. Precisamos ter responsabilidade de gestão. "A crise é grave, muito grave. Daqui a alguns dias vamos procurar vocês (da imprensa) e vamos mostrar como ela está, mas primeiro vamos analisar os números concretos. Nenhum esqueleto vai ficar dentro de armário", disse o presidente Modesto Roma Júnior.

"(Precisamos ter) criatividade, tendo bom senso de fazer negócios com parceiros que possam nos ajudar nesse momento. Temos recebido apoio de muitos amigos para fazer os acordos e termos uma equipe num bom nível. A base também é fundamental, sempre foi na história do Santos. A base monta as equipes do Santos e assim vai continuar sendo. Nossa e obrigação neste momento é ter razão. Vamos ter de agir com a cabeça e não com a emoção ", completou.

O Santos segue ainda devendo mais de três meses de salários aos jogadores em CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), além de mais três meses de imagem, onde é paga a principal fatia salarial. Na reapresentação do elenco aos trabalhos, na quinta-feira, vence mais uma mês de salários. A ideia da diretoria é pagar, ao menos, o mês vigente.

Por enquanto, nenhum jogador entrou com uma ação judicial para conseguir a sua liberação. O empresário de Geuvânio, no entanto, já ameaça uma medida.

Terra